ES estuda uso de gás menos poluente e mais barato
Uso do biometano, fruto da decomposição do lixo, por exemplo, está em estudo pelo governo. Ele pode até abastecer veículos
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Um gás menos poluente e potencialmente mais barato pode chegar a 75 mil consumidores residenciais e comerciais; a 38 postos de combustíveis; e a 61 indústrias no Espírito Santo.
Trata-se do biometano, um combustível que pode vir do lixo, produzido durante o processo de degradação. Seu uso é estudado pelo governo do Estado.
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Há estudos que apontam o biometano como um combustível mais efetivo, para veículos, do que o Gás Natural Veicular (GNV).
Está em elaboração o regulamento sobre como a empresa responsável pela distribuição de gás no Espírito Santo, a ES Gás, pode comprar esse material; como ele vai ser injetado no sistema de distribuição e sobre a tarifa.
A Agência de Regulação de Serviços Públicos do Estado (Arsp) realizou uma consulta pública sobre a possibilidade de distribuir o biometano pelo sistema de gás canalizado e recebeu contribuição de nove instituições. O material está em fase de análise técnica.
As contribuições serão avaliadas, podendo ser incorporadas ou não. Posteriormente a regulamentação será tornada pública.
“No âmbito estadual, podemos propiciar que a ES Gás possa comprar biometano. Com a regulamentação, a ideia é atrair potenciais ofertantes”, explicou Débora Niero, diretora de Gás Natural Canalizado e Energia da Arsp.
Há diferentes possibilidades para o uso: distribuir o biometano junto com o gás natural, pelo sistema canalizado; transportá-lo em carretas para ser injetado na rede; e construir redes de dutos para coleta e distribuições específicas desse gás em região com alto potencial.
“No Estado, vejo como possibilidade inicial, trazer via carreta, até um centro de descompressão da ES Gás, passar pela análise para ver se está dentro da especificação exigida pela ANP e depois injetar na rede”, afirmou Débora.
Ela destacou que nada impede o uso das demais formas, desde que viável economicamente.
Membro do conselho de Infraestrutura da Findes e diretor da ESSolar, Carlos Sena detalhou que a grande questão do biometano é que, assim como o gás natural, ele precisa de passar por um tratamento, antes de ser injetado na rede.
“O desafio é encontrar uma forma economicamente viável de se fazer isso”, ressaltou. De acordo com a Arsp, no país, alguns estados já estão conseguindo.
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