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Economia

Energia mais cara e risco de blecaute, dizem especialistas

Reservatórios em baixa de hidrelétricas, devido à falta de chuva em três regiões do País, ligam sinal de alerta e podem encarecer conta de luz


Imagem ilustrativa da imagem Energia mais cara e risco de blecaute, dizem especialistas
Carlos Sena diz que os níveis dos reservatórios estão comparáveis aos de 2015 e 2016, época de escassez hídrica |  Foto: Arquivo/ AT

O baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas brasileiras, devido à falta de chuva nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste neste início de 2024, acende o alerta para a necessidade de aumentar os custos da geração de energia, ativando as termelétricas, alternativa que deve encarecer a conta de luz.

A produção de eletricidade a partir da queima e do calor, porém, pode não ser suficiente para suprir uma demanda crescente, havendo a possibilidade de blecaute, ou seja, apagões sistêmicos, como apontam especialistas.

O engenheiro elétrico e membro do Conselho de Infraestrutura e Energia (Coinfra) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Carlos Sena, diz que os níveis dos reservatórios estão comparáveis aos de 2015 e 2016, época de forte escassez hídrica.

“O que temos é que, na medida do esvaziamento dos reservatórios, como estamos vendo atualmente e ainda no período úmido, teremos o aumento do despacho das termelétricas e o custo, havendo o acionamento da bandeira vermelha”.

Caso um alto consumo de energia ocorra no mesmo período em que a produção esteja em baixa, apagões momentâneos em regiões ou até mesmo em todo o País não são descartados, diz Sena.

Os principais sistemas do Brasil devem encerrar fevereiro com nível de água próximo a 60%, abaixo das médias históricas, em referência ao relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Para efeito de comparação, no início de 2023 os níveis das hidrelétricas estavam próximos de 90%. Até abril, a previsão é que os reservatórios estejam em 50%.

“No ano passado partimos de um ponto bem melhor, de uma situação bem mais confortável, mas a estação chuvosa (de outubro a abril) está sendo muito ruim. Este janeiro foi o pior em termos de energia natural afluente de toda a série histórica”, afirmou o diretor-geral da entidade, Luiz Carlos Ciocchi ao jornal O Estado de S. Paulo.

Para o professor de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Flávio Barcelos, fontes renováveis como a eólica e a solar ajudam a diminuir o impacto, mas ainda não solucionam o problema.

“Precisamos de infraestrutura, como um sistema de baterias para guardar a energia e usar à noite e assim conseguiremos suprir a demanda. Senão, o que acontece é que jogamos energia fora”, explicou.

Saiba mais

Termelétricas

O Operador Nacional do Sistema (ONS) ligou o sinal de alerta para este ano, segundo o último boletim divulgado pela entidade.

Depois do pior janeiro de chuvas da série histórica e recordes de demanda de energia, por causa do calor acima da média, a estimativa é que os reservatórios das hidrelétricas devem chegar pela metade ao período “seco”, a partir de abril.

Desde o final de 2023, algumas usinas térmicas já estão sendo acionadas para atender os horários de maior consumo, o que deixa o custo da energia mais caro.

Se as projeções se confirmarem, o País poderá ter em 2024 um custo maior com energia elétrica devido ao maior uso das usinas térmicas.

Queda histórica

Dezembro a abril é considerado o período úmido, em que as chuvas são mais abundantes e os reservatórios de água são recuperados.

Os principais sistemas devem encerrar fevereiro com nível de água próximo a 60%, abaixo das médias históricas.

Se não for possível reestabelecer o nível e iniciar o mês de maio na casa de 60%, a probabilidade de, em um ano com o consumo elevado, chegar em novembro com armazenamento em 10% é grande, diz especialista.

No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a estimativa caiu de 64% para 61% na comparação com a média histórica. No Nordeste, a projeção de 70% foi para 61% e no Sul de 82% para 75%, preocupando pelo avanço negativo das projeções.

Fontes: O Estado de S. Paulo e pesquisa AT.

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