Curso no Estado para pilotar drone em plantações
Procura por operadores das aeronaves cresce nas fazendas do Estado para trabalhar com monitoramento das lavouras e pulverização
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Nove municípios do Estado vão receber curso gratuito de pilotagem profissional de drones, com capacitação focada na atividade rural. São eles: Alegre, Aracruz, Colatina, Vitória, Vila Velha, Guarapari, Barra de São Francisco, Venda Nova do Imigrante e Nova Venécia. As aulas começam nos próximos dias.
O uso da tecnologia nas lavouras possibilita a melhora e agilidade das tarefas, acesso a áreas de riscos, controle de pragas e maior abrangência dos remédios, quando utilizados como pulverizadores.
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A atividade pode remunerar em até R$ 15 mil os profissionais com qualificação para o trabalho.
Para Mayke Jacob, empresário de Santa Maria de Jetibá, dono de uma empresa de pulverização, semeadura e adubação com drone, o mercado está aquecido para o uso da tecnologia. Jacob trabalha com o sócio, Welton Kruger. Juntos, os empresários têm equipamentos que chegam a 40 litros, um dos maiores do mercado.
“Atendo produtores capixabas, mas esse é um ramo que não tem limite, tenho clientes do País todo”. Jacob indica que, apesar de não haver um salário fixo, a remuneração costuma ser alta, podendo chegar a R$ 15 mil.
“Depende do nível de conhecimento do piloto. Hoje, costuma ser pago pelo trabalho do piloto mais o número de hectares, então, quanto maior for a qualificação, mais o profissional pode cobrar pela mão de obra”.
De acordo com o coordenador técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar), Murilo Pedroni, com a tecnologia dos drones, os profissionais têm conseguido melhorar a produtividade e diminuir o tempo de realização das tarefas.
“O drone tem múltiplas funções, até para segurança ele pode ser utilizado, e o mais importante, grandes e pequenos produtores utilizam a tecnologia”, afirma Pedroni.
Érico Orletti é produtor rural e mora em Pinheiros, para ele, a utilização do drone para cuidar da lavoura significa custo baixo e resultado eficiente.
“Utilizo para pulverizar minha lavoura de café, para mim, é 100% de assertividade. Em dado momento da cafeicultura, nem o trator consegue acesso, então o drone chega lá, por isso eu adotei a tecnologia, porque o alvo é atingido mais fácil, o que me gera menos custo".
Aulas também na Grande Vitória
Detalhes do curso
Piloto de drone
Segundo o Senar, cada turma abarca entre 10 e 15 alunos, no entanto, o número de vagas ainda será confirmado.
O início das aulas está previsto para junho e terá aulas teóricas e práticas.
Os cursos serão realizados em: Alegre, Aracruz, Colatina, Vitória, Vila Velha, Guarapari, Barra de São Francisco, Venda Nova do Imigrante e Nova Venécia.
Os cadastros podem ser realizados no site do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espirito Santo (Crea-ES), no link: https://portal.creaes.org.br/cursos-e-eventos/
Números
No Estado, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), há 28 operadores de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP).
Empresas que atuam no Estado contam com equipamentos de pequeno e grande alcance, com capacidade para 10 e 40 litros.
As atividades executadas pelos drones são: pulverização, semeadura, adubação, análise de imagens sob diversos ângulos e distâncias, e estudo mais adequado e com detalhamento apurado da área rural e até mesmo de obras.
HOje, a remuneração pode chegar a R$ 15 mil, mas o alto valor é uma condição atrelada ao nível de conhecimento do piloto. Quanto maior for o domínio sobre o drone, maior é o preço pelo serviço, no entanto, fora a mão de obra, cobra-se também pelos hectares.
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