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Economia

Contrabando de celulares bate recorde com drible na fiscalização

Drible na fiscalização representa 21% do mercado com 5,5 milhões de aparelhos vendidos no País


Imagem ilustrativa da imagem Contrabando de celulares bate recorde com drible na fiscalização
Imagem criada por Inteligência Artificial mostra uma representação do mercado ilegal de celulares: problema |  Foto: Intelidência Artificial

A venda de celulares irregulares bateu recorde e chegou a 5,5 milhões no País em 2023, sendo 110 mil no Estado, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) em conjunto com a consultoria IDC.

Segundo o economista Ricardo Paixão, o comércio de celulares contrabandeados já representa 21% de todo o mercado do setor.

A marca mais comercializada no esquema ilegal é a chinesa Xiaomi, com cerca de 80% de participação no mercado irregular.

Os produtos da empresa costumam ser importados da China para o Paraguai, e depois entram em território brasileiro por meios escusos. Os produtos – normalmente o Redmi Note 12 – são trazidos por motoboys em pequenas quantidades, de modo que a fiscalização aduaneira não consiga pegá-los.

Na sequência, os lojistas colocam os produtos à venda em market places por preços entre 40% e 50% mais baratos do que os smartphones regulares. Aparelhos de R$ 2.599 saem por R$ 940 no esquema ilícito.

“O preço de todo produto é afetado diretamente pelos impostos. O empresário suporta uma alta carga tributária, enquanto quem vive do mercado paralelo não passa por isso, o que permite vender por um preço muito mais atrativo”, explica a advogada especialista em Direito Tributário Sâmara Gomes.

A diferença do produto contrabandeado para o original está na certificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no carregador dentro do padrão nacional e no recolhimento dos impostos devidos.

As vendas costumam ocorrer via internet e os produtos são enviados para todo o Brasil. Via de regra, não trazem cupom fiscal no formato exigido pela Receita Federal.

“Os celulares que não têm o selo da Anatel devem ser evitados. A certificação da Anatel assegura que o dispositivo atendeu os padrões e normas técnicas do setor, bem como que o aparelho é adequado para uso no País, sendo compatível com as redes de telecomunicações brasileiras”, diz o especialista em Tecnologia da Informação Eduardo Pinheiro.

A Xiaomi declarou que incentiva os usuários “a adquirirem seus dispositivos pelos canais oficiais, para desfrutarem do período de garantia, cobertura do serviço e autenticidade”. As lojas da marca estão presentes em diversas cidades e há ainda os parceiros “espalhados pelo País”.

Prejuízo bilionário impede criação de empregos

O contrabando de produtos causa um prejuízo aproximado de R$ 100 bilhões por ano para os cofres públicos, segundo estudo do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF).

Só no primeiro semestre de 2023, estima-se que o prejuízo causado pelo contrabando específico de celulares passou de R$ 2 bilhões.

O advogado Kamylo Costa Loureiro destaca que a concorrência desleal causada pelo preço mais baixo dos produtos, que além do prejuízo bilionário para os cofres públicos, também prejudica a indústria e impede a criação de empregos no setor.

“Esse prejuízo poderia estar sendo revertido em geração de políticas públicas e benefícios para toda a população. Ademais, o crime de contrabando impede a criação de milhões de empregos por ano e prejudica a economia formal”.

Segundo o advogado Raphael Coelho, cerca de 2 milhões de empregos deixam de ser criados por conta do contrabando. “Além disso, a capacidade de investimento em tecnologia no País acaba diminuindo”.

Xiaomi lidera

A principal fornecedora de smartphones irregulares é a Xiaomi, com cerca de 80% de participação. Os produtos da empresa costumam ser importados da China para o Paraguai, e depois entram em território brasileiro por meios escusos.

Os produtos – normalmente o Redmi Note 12 – são trazidos por motoboys em pequenas quantidades, de modo que a fiscalização aduaneira não consiga pegá-los.

Na sequência, os lojistas colocam os produtos à venda em market places por preços entre 40% e 50% mais baratos do que os smartphones regulares.

Aparelhos de R$ 2.599 saem por R$ 940 no esquema ilícito.

A diferença está na certificação da Anatel, no carregador dentro do padrão nacional e no recolhimento dos impostos devidos.

Riscos para o consumidor

os produtos contrabandeados não possuem, em sua grande maioria, garantia e nota fiscal. Com isso, o consumidor fica sem ter como reclamar em caso tenha problemas.

Os aparelhos piratas são fabricados com materiais de menor qualidade e utilizam baterias pouco confiáveis, que oferecem riscos até mesmo de explosão.

Segundo o site da Anatel, os aparelhos irregulares também podem expor os usuários a campos elétricos, magnéticos ou eletromagnéticos sem respeitar os limites determinados pela agência, prejudicando até mesmo a saúde do consumidor.

Os celulares falsificados possuem desempenho inferior aos regulados.

Os materiais utilizados na fabricação dos aparelhos piratas são mais frágeis e podem apresentar diversos defeitos, como botões soltos e deformações na carcaça.

Os números

> 2 bi: é valor do prejuízo causado pelo contrabando, em reais

> 21% do mercado do setor é de celulares contrabandeados

> 110 mil celulares irregulares vendidos no Estado

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