Carros elétricos devem ficar mais acessíveis
Junto a isso, é necessário expandir a rede de infraestrutura de carregadores
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À medida que os carros elétricos forem fabricados no Brasil, a tendência é que os preços fiquem menores. Hoje, o Renault Kwid E-Tech é o eletrificado mais barato vendido no País, por R$ 99.990,. Em segundo vem o BYD Dolphin Mini, de R$ 115.800.
A BYD já anunciou o início das obras de sua fábrica para produção de carros elétricos no Brasil, na Bahia. Mas no curto prazo, a tendência é que os preços aumentem, devido ao aumento dos impostos de importação, que subiu de 10% para 18% no mês passado.
O Estado vivenciou recentemente essa realidade na pele, com mais veículos elétricos chegando da China e abarrotando os portos, gerando reclamações de setores com de rochas e cafés, que se viram prejudicados por questões de logística.
Dados da Associação Brasileira dos Veículos Elétricos (ABVE) apontam o crescimento da eletrificação dos veículos no Brasil. Em 2022, a participação dos carros eletrificados, híbridos e híbridos plug-in era de 2,5% no mercado. Em 2023, subiu para 4,3% e agora para 7%.
Na contramão dos elétricos, os carros à combustão vão ficando mais caros, já que as normas de emissão de poluentes contribuem para isso, a medida que se tornam mais rígidas.
Junto com os preços mais acessíveis, também é necessário expandir a rede de infraestrutura de carregadores. Atualmente, pelo aplicativo e site www.plugshare.com, é possível identificar onde há carregadores.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Espírito Santo (ABIH-ES), Fernando Otávio Campos, falta apoio para se construir infraestrutura de abastecimento, pois o investimento inicial é elevado e a rentabilidade baixa para o investimento.
Segundo ele, a hotelaria capixaba está em busca de parcerias para facilitar a instalação destes equipamentos na rede, principalmente porque apesar de ainda pequena está crescendo a utilização destes veículos pelos turistas, e no Estado mais de 80% do turismo é rodoviário.
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Silêncio e baixo custo de revisão
O empresário Filipe Lopes Pessotti, de 44 anos, comprou seu BYD TAN em 2022. O elétrico tem autonomia para rodar 400 km e o empresário costuma carregá-lo três vezes por mês. Para ele, as vantagens são o baixo custo de revisão, por não ter peças para dar defeito, muita potência e, principalmente, o silêncio.
As desvantagens estão nas viagens de longas distâncias, já que tem muitos lugares sem o carregamento rápido de 2 horas, e o lento exige 10 horas de espera. “O pior de tudo é em caso de acidente ter que ficar parado na pista muito tempo, ai tem que manter o carro desligado”, ressaltou.
Colocando na balança, ele gostou tanto do elétrico que está comprando outro e não troca por um a combustão, mas tem um híbrido para viagens mais longas.
Economia e manutenção barata
O autônomo Igor Andrade, de 31 anos, comprou seu Jac E-JS1 em 2021. O automóvel tem autonomia para 302 km. Ele completa o carregamento todos os dias. As principais vantagens, para ele, são a economia de combustível e a manutenção barata. Já a desvantagem é o tempo de carregamento que pode variar de 6 a 24 horas, dependendo do carregador: “Com planejamento isso se torna irrelevante”, disse. Na avaliação dele, está aprovado.
Oportunidade
O advogado Filipe Morais Silva, de 41 anos, comprou o Volvo XC40 P8 no ano passado e rodou 17 mil km com ele, que tinha 400 km de autonomia. Entre as vantagens aponta economia, desempenho, silêncio e conforto.
Já como desvantagens vê limitação de viagem por conta da baixa autonomia. Ele disse que não se arrependeu da compra e que aprova o elétrico, mas teve oportunidade e trocou por um híbrido BMW X6. “Aprovo como segundo veículo, para uso na cidade”, especificou. Ele disse que se fosse uma boa oportunidade também trocaria o elétrico por um a combustão.
Resposta rápida
O engenheiro Marco Aurélio Ribeiro Brunetti, de 55 anos, e a esposa a funcionária pública Isabel Brunetti, de 54 anos, compraram o carro elétrico no ano passado devido ao aumento constante do preço da gasolina e a eficiência do elétrico. A primeira aquisição foi um Dolphin, passando para o Dolphin Plus .
Entre as vantagens do elétrico Marco Aurélio destacou ser muito silencioso, ter respostas rápidas quando é solicitada uma aceleração e a tecnologia. Entre as desvantagens destaca a necessidade de programar recargas em viagens longas, por causa da falta de infraestrutura de rede para carregamento. O casal também tem um híbrido H6 plugin 32 da GMW.
Eficiência
O engenheiro eletricista Guido Alves Agrizzi, de 37 anos, comprou seu primeiro carro elétrico em 2022 e foi trocando por carros melhores, com mais potência, autonomia e tecnologia. Atualmente está no quarto carro, um XC 40 T8 com autonomia de 420 km. O automóvel precisa de aproximadamente 8 horas para carregar em um carregador padrão.
"É muita economia, muita eficiência, pouca manutenção", resumiu. Ele avalia que para quem faz viagens longas o ideal é ter um híbrido. Mas para o objetivo dele, que são trajetos mais curtos, é indiscutível os benefícios e vantagens do elétrico.
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