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Economia

Brasil e China devem fechar 16 acordos em nova visita de Lula a Pequim

Presidente ainda vai para ato de 80 anos do fim da 2ª guerra na Rússia


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Imagem ilustrativa da imagem Brasil e China devem fechar 16 acordos em nova visita de Lula a Pequim
Brasil e China devem fechar 16 acordos em nova visita de Lula a Pequim |  Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca, nesta terça-feira (6), para uma viagem à Rússia e à China em busca de diversificação comercial para o Brasil e fortalecimento de laços diplomáticos. A partida da Base Aérea de Brasília está prevista para às 22h.

A convite do presidente chinês, Xi Jinping, Lula participa da cúpula entre China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nos dias 12 e 13 de maio, além de fazer uma visita de Estado, com a assinatura de, pelo menos, 16 atos bilaterais.

“A lista de acordos é prolífica e variada”, disse o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Eduardo Paes Saboia, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (6). Ele contou que outros 32 atos estão em negociação e poderão se somar à lista.

Saboia lembrou que a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com superávit brasileiro, e importante investidor no país, em uma relação bilateral com alto nível de institucionalização.

Este será o terceiro encontro de Estado entre os dois presidentes neste governo Lula, o último ocorreu em novembro de 2024, quando Xi Jiping esteve em visita a Brasília.

“Depois da visita do presidente Xi, acho que ficou bem clara a ideia de explorar novas vertentes de cooperação. Tem uma força-tarefa que trabalha a questão das sinergias entre as estratégias de desenvolvimento do Brasil e iniciativas como o Cinturão e Rota [programa de cooperação chinês]”, disse Saboia.

“Então, isso certamente estará na agenda desta visita, assim como a visão muito convergente dos dois países em matéria de defesa do multilateralismo, defesa da reforma da governança global e apoio a soluções pacíficas”, acrescentou o embaixador.

Na comitiva de Lula estarão muitos ministros e parlamentares, “reflexo da densidade da relação”.

“Realmente, existe uma força tarefa, coordenada uma parte pelo ministro [da Casa Civil] Rui Costa, outra parte também tem o Ministério da Fazenda e Banco Central. Há uma mobilização de toda a esplanada [dos ministérios] para intensificar essa relação com a China no campo da infraestrutura, das finanças e da ciência, tecnologia e inovação”, disse Saboia.

Ele citou ainda a intenção do Brasil de atrair investimentos chineses para os projetos brasileiros de neoindustrialização, de capacitação tecnológica e de transição energética.

Tarifaço

O encontro entre Lula e Xi Jinping ocorre, ainda, em meio ao acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta, com a imposição de tarifas mútuas, desencadeada por iniciativa do presidente norte-americano Donald Trump.

Hoje, o embaixador do Itamaraty reafirmou o discurso do presidente Lula de que o Brasil não quer contencioso com nenhum país e valoriza as relações sólidas com a China.

“O Brasil e a China tem uma agenda que é muito mais ampla do que as considerações de uma conjuntura, que obviamente preocupa. Acho que o Brasil preza a sua relação com os Estados Unidos e não faz da sua relação com a China algo que se contrapõe ao interesse em manter ótimas relações que, aliás, mantemos com os Estados Unidos”, disse.

Celac

A secretária de América Latina e Caribe do MRE, embaixadora Gisela Padovan, explicou que a participação de Lula na cúpula China-Celac se deve à importância que o presidente brasileiro dá à integração regional e ao reconhecimento do presidente Xi Jinping da capacidade convocatória e propositiva que o Brasil tem na América Latina e Caribe.

“Os dois lados estão muito interessados um no outro e nesse diálogo das duas regiões, que evidentemente o Brasil tem uma responsabilidade, não digo de liderar, mas de convocar, de propor, de reunir e de mobilizar as sinergias também regionalmente. E pretendemos no futuro trabalhar também com a América Central”, disse durante a coletiva de imprensa, hoje.

A Celac é composta por 33 países da região. Ao assumir o terceiro mandato em 2023, Lula anunciou o retorno do Brasil ao bloco, após três anos de afastamento.

Rússia

Antes de ir à China, o presidente Lula fará uma visita à Rússia, entre 8 e 10 de maio. A convite do presidente Vladimir Putin, ele participará das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. É o feriado mais importante da Rússia, que ocorre em 9 de maio, com um grandioso desfile cívico-militar na capital Moscou.

Além das celebrações, Lula terá uma reunião bilateral com Putin, com a previsão de assinatura de atos na área de ciência e tecnologia. Integram a comitiva os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

O embaixador Saboia explicou que o Brasil tem uma relação comercial importante com a Rússia, importando dois produtos fundamentais, fertilizantes e diesel, e exportando, principalmente, produtos do agronegócio. Há déficit pelo lado brasileiro.

“Queremos reequilibrar nossa balança comercial, ampliar a nossa exportação para Rússia”, disse.

Sobre a guerra da Rússia na Ucrânia, Saboia lembrou que o Brasil mantém a sua posição, pautada pelo direito internacional, defendendo princípios como a integridade territorial dos países e a solução pacífica de controvérsias. Nesse sentido, a diplomacia brasileira tem uma interlocução com todas as partes envolvidas no conflito.

Em Moscou, ainda está confirmada uma reunião bilateral do presidente brasileiro com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.

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