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Economia

Sob ameaça, investimento bilionário da ArcelorMittal no ES pode não sair do papel

Ao jornal O Globo, Jorge Oliveira, novo presidente da empresa no Brasil, demonstrou preocupação com o aumento acelerado das importações de aço


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Imagem ilustrativa da imagem Sob ameaça, investimento bilionário da ArcelorMittal no ES pode não sair do papel
Vista aérea da ArcelorMittal Tubarão |  Foto: Mosaico Imagem/ArcelorMittal

Os investimentos de R$ 4 bilhões anunciados pela ArcelorMittal para ampliar a produção de aço em sua planta de Tubarão, no Espírito Santo, estão sob risco de revisão. A sinalização foi feita pelo novo presidente da empresa no Brasil, Jorge Oliveira, que demonstrou preocupação com o aumento acelerado das importações de aço no país.

O plano de expansão, divulgado em fevereiro, inclui a instalação de uma nova linha de galvanização e a construção de um laminador de tiras a frio (LTF), ambos considerados estratégicos para o fortalecimento da indústria nacional. No entanto, segundo o executivo, o cenário atual de concorrência com produtos importados, especialmente da China, ameaça a viabilidade do projeto.

“A missão número um hoje é a defesa comercial, para continuar crescendo de forma competitiva no Brasil. Se o país não frear a entrada de aço importado, nosso plano de investimento pode ser revisto”, afirmou Oliveira, em entrevista ao Jornal O Globo. Ele assumiu a presidência da companhia no mês passado, após liderar a operação de aços planos na América Latina.

De janeiro a março deste ano, o Brasil importou 1,096 milhão de toneladas de produtos siderúrgicos apenas da China — um aumento de 57,8% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados do Instituto Aço Brasil. Além do gigante asiático, países como Egito e Coreia do Sul também têm ampliado suas exportações para o mercado brasileiro, aproveitando a redução de barreiras em outras regiões.

Atualmente, uma sobretaxa de 25% incide sobre 11 tipos de aço importado, como forma de proteção à indústria local. No entanto, a medida, que vence no próximo dia 31, tem se mostrado insuficiente para conter o volume de entrada. Para o presidente da ArcelorMittal, se o governo não renovar e ampliar essa proteção, a pressão sobre as empresas instaladas no país tende a se intensificar.

“Sem essa barreira mínima, o setor não aguenta. A gente está confiante de que o governo manterá a sobretaxa por pelo menos mais um ano, mas isso ainda não foi decidido. Também estamos propondo a ampliação do número de produtos tarifados”, afirmou na entrevista ao jornal.

O setor discute com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mudanças nos critérios de aplicação da sobretaxa. Hoje, só são sobretaxadas as importações que cresceram ao menos 30% em relação à média de 2020 a 2022. A indústria quer eliminar essa exigência, o que permitiria incluir mais categorias de aço sob proteção.

Com mais de 40% da produção de aço do país, a ArcelorMittal considera o Brasil uma peça-chave em sua estratégia global. A suspensão ou adiamento dos investimentos em Tubarão seria um duro golpe para o Espírito Santo, onde o setor siderúrgico representa uma das principais forças econômicas.

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