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Economia

Até 300 mil trabalhadores no ES vão ter de mudar de profissão em 6 anos, diz estudo

Essa é a projeção para o Espírito Santo. Por conta do avanço da Inteligência Artificial, estudo prevê o fim de atividades e o surgimento de outras


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Um total de 300 mil profissionais vão ter de mudar de profissão no Espírito Santo nos próximos seis anos, por conta do avanço da Inteligência Artificial (IA) e da digitalização. No Brasil serão 16 milhões, o que representa 14% dos profissionais, conforme estudo do McKinsey Global Institute.

A futurista global Jaqueline Weigel, que faz projeção com base em dados, considera que o número pode ser maior até 2030. Ela observa que ainda é difícil entender quais são as profissões que não vão precisar se adaptar. “Talvez a mudança radical de carreira seja para um grupo um pouco menor”, disse.

Em um cenário de profissões sendo extintas, absorvidas pela IA, e outras surgindo, a futurista aponta que profissionais que trabalham com dados terão uma atividade muito mais autônoma conduzida pela Inteligência Artificial. Serviços financeiros, análise de crédito, consultoria financeira e auditoria já estão em transformação, assim como Direito, Contabilidade, Design, Marketing e Comunicação.

As profissões menos impactadas, segundo ela, são aquelas que exigem habilidade humana: intuição, empatia, criatividade, imaginação, relacionamento. Como exemplo citou educação, psicologia, área de desenvolvimento humano e terapia.

Para o especialista em Marketing Digital Lucas Calazans, que utiliza ferramentas de inteligência artificial diariamente, o segredo é a inovação. “Ao invés de brigar pelo que já existe, brigue pelo o que ninguém ainda faz”.

CEO do Grupo Kato, Roberta Kato diz que o avanço da IA não elimina a necessidade de habilidades humanas. Pelo contrário, ressalta sua importância.

“Profissionais que combinam competências técnicas com essas habilidades têm maior potencial de prosperar em um cenário onde tecnologia e humanidade coexistem e se complementam”.

Ferramenta vira uma funcionária

Imagem ilustrativa da imagem Até 300 mil trabalhadores no ES vão ter de mudar de profissão em 6 anos, diz estudo
"Uso a IA ao meu favor. Mudei de carreira e ganho em um dia o que antes ganhava em um mês", Ana Carolina Matos, mentora em Marketing Digital |  Foto: Divulgação

A empreendedora e mentora em Marketing Digital Ana Carolina Matos, de 31 anos, era gerente de banco e pediu demissão em 2021, porque estava adoecendo naquele ambiente, segundo ela. Na época, vários cargos já estavam deixando de existir ou sendo modificados, com o avanço da tecnologia.

Livre para recomeçar, ela decidiu buscar outra área e hoje é mentora em Marketing Digital, utilizando ferramentas com IA embarcada para produzir conteúdos na internet.

“Uso a inteligência artificial como se fosse uma funcionária”, contou Ana Carolina.

Veja o que muda

Profissões que exigem originalidade dependem mais de humanos

Mercado de trabalho

A Inteligência Artificial (IA) está transformando o mercado de trabalho, algumas atividades estão deixando de existir, outras estão sendo substituídas e novas profissões vão surgindo.

Inicialmente se dizia que somente as atividades repetitivas seriam substituídas pela IA. No entanto, atividades mais qualificadas vão entrando na lista, enquanto a tecnologia vai evoluindo. Além disso, a Inteligência Artificial vai enfatizando a necessidade das habilidades humanas.

Atividades mais impactadas

Entre as profissões que tendem a ser mais impactadas é comum ouvir falar daquelas que envolvem atividades repetitivas. Mas a futurista global Jaqueline Weigel destacou que, inclusive, a liderança, como vemos nos dias atuais, será impactada.

Jaqueline aponta que profissionais que trabalham com dados terão uma atividade muito mais autônoma, conduzida pela Inteligência Artificial (IA). Serviços financeiros, análise de crédito, consultoria financeira, auditoria, já estão em transformação, assim como Direito, Contabilidade, Design, Marketing e Comunicação.

Para ela, ainda é difícil analisar quais profissões não serão impactadas pela Inteligência Artificial, mas destacou algumas que devem ser em menor medida.

Atividades menos impactadas

Para a CEO do Grupo Kato, Roberta Kato, profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, desempenham papéis insubstituíveis, oferecendo cuidado e empatia que vão além de diagnósticos técnicos.

Educadores, segundo ela, incluindo professores e mentores, são fundamentais na formação de competências socio-emocionais e no desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos. “Gestores que lideram equipes e projetos, utilizando inteligência emocional para motivar e inspirar, são cada vez mais valorizados”.

Imagem ilustrativa da imagem Até 300 mil trabalhadores no ES vão ter de mudar de profissão em 6 anos, diz estudo
Opinião |  Foto: Divulgação

Roberta Kato destacou ainda que profissionais de criação, como designers, escritores e artistas, trazem inovação e originalidade, características que a IA ainda não consegue replicar plenamente. Especialistas em experiência do cliente garantem interações positivas e personalizadas com clientes, fortalecendo a fidelização.

Especialistas apontam que os professores tendem a assumir um papel de curador ao longo do processo educativo, ajudando muito mais o aluno com orientação.

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Jaqueline Weigel, futurista global |  Foto: Divulgação

A futurista global Jaqueline Weigel destacou alguns trabalhos que dependem muito das habilidades que só o ser humano tem. Como exemplo, ela citou a arte e a gastronomia. Reforçou ainda que já existe a comida impressa, por exemplo, mas a mão do chefe é muito importante, trazendo para a culinária e para o consumidor um outro significado. “Tudo que exige atividade criativa, artística, originalidade, continua muito dependente da ação dos humanos”, avaliou.

Falta mão de obra

A dificuldade de encontrar mão de obra para trabalhar vem sendo uma reclamação constante das empresas. Especialistas já alertaram que há uma desconexão entre o que o mercado precisa e o que as instituições de ensino estão entregando ao mercado todos os anos.

Um dos grandes pontos de alerta gira em torno da mão de obra técnica, já que as indústrias reclamam da falta desse profissional, enquanto há profissionais de nível superior em busca de emprego.

Inteligência artificial

A Inteligência Artificial é uma área da Ciência da Computação, que se concentra em criar sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana, de acordo com o diretor de Inovação e Tecnologia e professor de Inteligência Artificial da Saint Paul, Marcos Sanchez.

Ela é mais flexível que a automação. Enquanto uma automação simples executa tarefas específicas, com base em um conjunto de regras e não aprende (vai sempre executar a mesma coisa), a IA tem capacidade de aprender e de tomar uma nova decisão, executando as ações de uma forma melhor.

A IA generativa é um ramo da inteligência artificial no qual ela tem a capacidade de criar novos conteúdos em textos, imagens, músicas e vídeos. O grande diferencial dela é que, a partir de padrões aprendidos anteriormente, ela consegue criar esses novos conteúdos, ao contrário das outras formas de IA, que classificam e analisam dados existentes, mas não criam, conforme explica o professor.

Qualificação

Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que, entre 2025 e 2027, mais de 14 milhões de brasileiros precisarão se qualificar para se manter ou entrar em vagas de trabalho no setor industrial. No Estado, calcula-se que sejam 200 mil.

O fundador do Instituto de Mentoria, mentor de carreira, escritor e pesquisador sobre comportamento humano, Sidnei Oliveira, destacou que os empresários buscam, além da habilidade técnica, profissionais engajados com o trabalho.

Por outro lado, uma pesquisa recente da Robert Half apontou que 89% das companhias entrevistadas reconhecem que a motivação no trabalho está ligada à felicidade dos colaboradores.

Para solucionar o problema, especialistas explicam que é preciso parar de criar uma imagem negativa de determinadas gerações em relação às suas habilidades profissionais e entender que todas as gerações são necessárias em um mercado de trabalho em constantes transformações.

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