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Economia

Alerta sobre caixinha que simula videogame

Produtos são piratas, segundo especialistas, e podem pôr em risco dados pessoais. Mas dificilmente há punição a usuários, dizem eles


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Imagem ilustrativa da imagem Alerta sobre caixinha que simula videogame
Emulador de games: relação afetiva com a infância explica tendência |  Foto: Divulgação

O mercado de emulação de jogos do passado tem se expandido para os televisores por meio de aparelhos chamados de GameStick. Esses objetos são microconsoles de videogames da oitava geração com o sistema Android e podem ser encontrados à venda entre R$ 100 a R$ 500, a depender do modelo.

No entanto, o professor de direito Civil da Faculdade de Direito de Vitória (FDV), Paulo Soto, informou que, a princípio, o sistema é considerado pirata, já que não houve autorização de reprodução das empresas de criação.

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“Pela lei de software, consoles jogos possuem direito autoral de 50 anos contados a partir do ano seguinte da publicação”, explicou. 

Já o especialista em tecnologia da informação Eduardo Pinheiro comentou que a utilização desses produtos coloca em risco os dados pessoais. “Já foram encontrados em games piratas programas maliciosos que pela TV conseguem invadir a rede doméstica para subtrair dados pessoais”, disse.

Apesar de ser considerado pirata, Pinheiro diz que quem compra ou quem vende dificilmente sofrerá alguma punição. “Não é possível controlar se um usuário está utilizando a plataforma para negócio idôneo ou ilícito”, afirmou.

Histórias

A procura por jogos do passado que tem movimentado o mercado, sobretudo após a pandemia da covid-19, pode ser explicada pela relação afetiva com os passatempos da infância. É o que aponta o psicopedagogo Cláudio Miranda.

De acordo com o terapeuta, as pessoas não têm procurado os jogos antigos por causa do preço, raridade ou mesmo pela esperança de reviver as tecnologias antigas, mas sim por conta do que  aquele determinado game representou no passado.

“Podemos dizer que isso vale para quaisquer antiguidades, existe um valor histórico naquilo, exclusivamente afetivo”, argumentou Cláudio.

Ainda, de acordo com o profissional, do ponto de vista relacional, independente da época em que o game ou o console foram lançados, o importante é que a relação humana entre passatempos e convívio familiar seja balanceada.

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Mais sobre os games do passado

Estado de conservação influencia no valor 

Esses consoles, a depender do estado de conservação, podem chegar a valer milhares de reais, assim como os acessórios e jogos que podem acompanha-los.

Nos Estados unidos, por exemplo, existem colecionadores que pagam milhões de dólares por determinados jogos e consoles, como foi o caso da compra do jogo japonês Chrono Trigger, lançado em 1995. Em 2021, um americano arrematou a fita por cerca de US$ 1 milhão.  

Os cinco consoles mais vendidos da história

PLAYSTATION 2: O console da Sony, lançado no ano de 2000,   vendeu cerca de 158,7 milhões de unidades.

Nintendo ds: O videogame portátil da Nintendo, lançado em 2004, vendeu cerca de 154,02 milhões de unidades.

Game Boy: O primeiro portátil da Nintendo, lançado em 1989, vendeu cerca de 118,69 milhões unidades.

Nintendo Switch: O console mais novo da lista, ainda em produção pela Nintendo. O mais novo portátil da empresa já vendeu cerca de 117,27 milhões de unidades.

Playstation 4: O console da geração passada da Sony vendeu cerca de 117,03 milhões unidades.

Retrôs capixabas

Capoeira, o jogo

Produzido pelo estúdio Mobo Games, de Vitória, é no estilo “bata e avance”, popularizado nos jogos da década de 1990. 

A história se passa em São Mateus, norte do Estado. É ambientado no Brasil Colônia, mostrando como os povos escravizados inventaram a capoeira como uma forma de lutar contra a opressão pela sua liberdade.

Disponível para smartphones, nos sistemas iOS e Android, de forma gratuita.

Kind Heart Defenders

Desenvolvido pela empresa LUDO Thinking Games, de Vila Velha. 

Tem mecânica retrô e jogabilidade e arte modernizadas. Está disponível na Google Play, Apple Store e Steam. Em breve, estará  disponível para consoles.

Fonte: Pesquisa Games Brasil, External Development Summit e fontes citadas na reportagem

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