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Economia

Encher o tanque vai ficar até 10 reais mais barato no ES, dizem donos de postos

Donos de postos dizem que encher o tanque deve ficar até R$ 10 mais barato. Já a botija de gás vai passar a custar a partir de R$ 80


Imagem ilustrativa da imagem Encher o tanque vai ficar até 10 reais mais barato no ES, dizem donos de postos
Aguilar Mendes gasta cerca de R$ 400 por mês com combustível e disse que a mudança é um “alívio no bolso” |  Foto: Leone Iglesias/AT

Um anúncio da Petrobras feito ontem traz uma significativa mudança na política de preços da gasolina e do diesel. Sai de cena a Paridade de Preço de Importação (PPI), que alinhava os valores ao dólar e ao mercado internacional.

Com isso, o preço da gasolina, por exemplo, deverá ter uma redução de R$ 0,40 para as distribuidoras a partir de hoje. Mas, quando o repasse será sentido pelo consumidor final, quanto vai ficar mais barato para encher o tanque?

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Buscando essas respostas, a reportagem ouviu ontem alguns donos de postos, que estimam que a redução para encher o tanque será de até R$ 10 na Grande Vitória. 

Eles também preveem que a redução deve começar a ser sentida na bomba a partir de amanhã, aumentando de forma gradativa no final de semana, já que muitos postos ainda contam com estoques. 

Um empresário do setor, que tem 10 anos de mercado, acredita que os descontos da gasolina devem chegar a R$ 0,22 centavos. 

Com isso, o valor do litro em seu posto, que é de R$ 5,39, deve custar R$ 5,17. Considerando abastecer 45 litros, quantidade média de um carro popular, o valor total será de R$ 232,65. No preço de hoje, o valor é de R$ 242,55.

Esse valor, no entanto, deve variar de acordo com cada posto, já que a conta não é tão simples e os valores cobrados não são os mesmos. Há casos, com a redução, em que o litro custará menos de R$ 5. 

Já considerando a média atual do litro de gasolina no Estado, que é de R$ 5,57, o diretor do Instituto Arandú e professor universitário, Wallace Millis, estima que o valor com a redução irá variar de R$ 5,07 a R$ 5,18.

Ainda segundo donos de postos, a redução do valor do diesel deve ser de R$ 0,24.

Quem ficou feliz com a redução no preço da gasolina foi o servidor público Aguilar Mendes, de 51 anos. Ele contou que, por mês, gasta cerca de R$ 400 com combustível. 

“Depois de ouvir tantos aumentos, a notícia de redução traz alívio ao bolso”, comemorou. 

Outra notícia positiva é que o valor de botija de gás também será reduzido. 

O vice-presidente do Sindicato de Revendedores de Gás do Espírito Santo, Clistiano Frederico do Vale, diz que para pagamentos à vista e com retirada no estabelecimento, o valor deve variar de R$ 80 a R$ 85. Já para quem opta pela entrega, deve ficar entre R$ 95 a R$ 100.

Ações da Petrobras sobem e especialistas se dividem

A nova política de preços da Petrobras surpreendeu muita gente e provocou reação do mercado financeiro. Ao longo do dia, as ações subiram 2,49%, num movimento oposto ao esperado depois das declarações do presidente, Jean Paul Prates, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Os dois disseram que a Política de Paridade Internacional (PPI) de preços criada no governo de Michel Temer acabou e que a partir de agora a petroleira vai buscar competir no mercado,  tentando jogar os preços para baixo para tirar clientes dos concorrentes privados.

Na verdade, esperava-se que o preço das ações despencassem. 

Projetada pelo  economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve desacelerar para perto de 0,25% em maio e de 0,15% em junho. Em abril, subiu 0,61%.

De acordo com Braz, a perda de força prevista para o IPCA está associada em parte aos possíveis efeitos da redução nos preços de combustíveis anunciada ontem.  

A mudança na política de preços também traz um componente político, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sempre foi crítico ao PPI, defendendo reiteradamente o “abrasileiramento” dos preços dos combustíveis.

Fabrício Nunes Azevedo, professor da UVV e consultor financeiro, defende uma política que beneficie os dois lados, não acabe com a empresa, mas que não prejudique a população.

Multa a posto que não repassar

A diretora-presidente do Procon-ES, Letícia Coelho Nogueira, informou que o órgão vai fiscalizar a redução dos preços dos combustíveis líquidos e do gás de cozinha.

Ela acrescentou ainda que, após rigorosa apuração, o Procon Estadual multou, recentemente, oito postos de combustíveis, localizados no interior do Estado, após constatação de reajustes de preços nas bombas de abastecimento, antes da vigência do aumento anterior autorizado pela Petrobras.

“Com a apuração, se constatada a prática infrativa, o Procon Estadual instaura um procedimento administrativo com possível aplicação de sanção prevista no Código de Defesa do Consumidor. As denúncias podem ser enviadas para o WhatsApp (27) 3323-6237”.

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análise

“Redução de preço é reflexo das condições do mercado”

“A nova política de preços da Petrobras significa maior interferência governamental e pode ter implicações distintas. 

Por um lado, a empresa pode reduzir preço da gasolina, beneficiar consumidores e atenuar a inflação. Por outro, isso pode afetar a lucratividade da companhia, descontentando acionistas.

Embora possa haver ganhos de curto prazo para consumidores, é importante acompanhar como essa interferência política afetará a sustentabilidade financeira da Petrobras e o mercado de combustíveis a longo prazo.

Mas antes de entrar no cálculo, é bom ressaltar que essa redução de preço é reflexo das condições de mercado. O petróleo no mercado internacional acumula queda de 40% nos últimos 12 meses. 

Então, mesmo sob a regra anterior, a companhia já poderia praticar reduções”.


Saiba mais

Como o preço é calculado?

O preço internacional do petróleo é o principal vilão da gasolina e da inflação dos combustíveis. Quanto mais caro for o barril, que é negociado em dólar, maior se mostra a flutuação dos preços.

Paralelamente, a política de preços da Petrobras torna esse problema ainda mais sensível no Brasil. 

Desde 2016, o critério de precificação tem sido a Política de Paridade Internacional (PPI), que incorpora os custos do produto importado e ofertado em diferentes pontos do País.

O que muda na política de preços?

No novo modelo, a Petrobras não deixa de levar em conta o mercado internacional, mas o fará com base em outras referências para cálculo. Além disso, serão incorporadas referências do mercado interno. 

A proposta sinaliza um esforço de mediação entre os interesses dos acionistas e o papel social da estatal defendido pelo governo, voltado para atender a expectativa do consumidor brasileiro por valores mais baixos.

A estatal anunciou que o novo modelo vai considerar o “custo alternativo do cliente” e o “valor marginal para a Petrobras”. 

Redução

A última redução da gasolina foi anunciada no dia 28 de fevereiro. Já do diesel em 28 de abril.

Fonte: Agência Globo, especialistas entrevistados e pesquisa A Tribuna.

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