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Economia

A cada 10 minutos uma pessoa fica com nome sujo no ES

Inadimplência não para de crescer no Estado e número de negativados ultrapassa 1,3 milhão de pessoas, aumento de 49 mil em um ano


Imagem ilustrativa da imagem A cada 10 minutos uma pessoa fica com nome sujo no ES
Falta de dinheiro para arcar com as despesas do lar é um dos motivos que levam consumidores à inadimplência |  Foto: Divulgação/Canva

O número de inadimplentes no Espírito Santo aumentou em mais de 49 mil de novembro do ano passado para novembro deste ano, segundo levantamento da Serasa. Esse número representa um saldo de 134 novas negativações a cada dia, numa média de um novo nome sujo a cada 10 minutos no Estado.

Ao todo, novembro deste ano fechou com 1.304.579 inadimplentes no Estado, 49.070 a mais que no mesmo mês em 2022. O número representa 34% da população capixaba. E mesmo comparando a outubro houve aumento: eram 1.299.561 inadimplentes naquele mês.

Ao todo, são 5.025.195 dívidas no Estado, aumento de cerca de 297 mil em relação a novembro de 2022. Economista e diretor da Faculdade Capixaba de Negócios (Facan), Marcelo Loyola Fraga cita os conflitos internacionais como possível razão para a inadimplência.

“Muitas pessoas ainda não conseguiram retornar ao patamar financeiro em que tinham antes da pandemia e, como somos uma economia que depende muito do comércio internacional, estamos sendo afetados também pelos conflitos bélicos internacionais.”

O dado segue uma tendência nacional: em todo o País, também houve aumento de inadimplentes no mesmo período, com 1,98 milhão de inadimplentes a mais em novembro de 2023 do que em novembro do ano passado.

Para o economista Jorge D'Ambrósio, o programa Desenrola Brasil ainda não “pegou” a parcela do Estado que está mais endividada, o que ajudaria a explicar o número de inadimplentes ter aumentado.

“Só agora dívidas acima dos R$ 5 mil estão sendo renegociadas pelo programa, então pode ter uma relação aí, e vejamos uma queda em dezembro. Há também a questão dos juros, que estão começando a abaixar por agora e que podem permitir uma redução dos inadimplentes a partir de dezembro”.

Para o diretor da Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Carlos Bergamin, essa dificuldade é passageira e administrável, mas que o alerta fica ligado por se tratar de um período onde, historicamente, há menor inadimplência.

Presidente da Caixa admite baixa adesão ao Desenrola

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Carlos Vieira: pontos revisados |  Foto: Divulgação

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, reconheceu que a adesão ao Desenrola está aquém do esperado e sinalizou que o governo deve revisar alguns pontos da estrutura do programa, como prazos, acesso e parâmetros de entrada. Ainda assim, Vieira explicou que a iniciativa já negociou R$ 6 bilhões em dívida.

O chefe do banco estatal comparou o projeto de renegociação de dívidas com o processo também de renegociação do Fies, voltado ao crédito universitário e que apresenta maior sucesso, de acordo com ele.

O economista Eduardo Araújo explica que o aumento na inadimplência no Espírito Santo pode estar ocorrendo porque o Desenrola Brasil não aborda as causas fundamentais da inadimplência, que ele cita como sendo a falta de renda e a escassez de empregos de qualidade.

“Embora haja crescimento econômico no Estado, ele não tem sido suficiente para gerar prosperidade e expansão de renda entre a população. Isso sugere que a massa salarial dos trabalhadores não tem crescido de maneira a acompanhar as necessidades econômicas, resultando em um aumento da inadimplência”.

Feirões para voltar a ter crédito

Inadimplentes podem renegociar suas dívidas por meio do Serasa ou mesmo pelos Procons municipais. O Serasa lançou no início do mês a Fase 2 do Feirão Serasa Limpa Nome.

Nela, 600 companhias parceiras oferecem descontos especiais para que os consumidores quitem suas dívidas até 22 de dezembro.

A empresa optou por expandir o mutirão após uma adesão recorde em novembro. Segundo o Serasa, a primeira etapa do Feirão registrou 4,2 milhões acordos fechados e concedeu R$ 11 bilhões em descontos.

O acesso pode ser feito pelo site www.serasalimpanome.com.br ou pelo aplicativo Serasa no Google Play ou na Apple Store.

Já a Prefeitura de Cariacica informou que seu Procon municipal realiza serviços para renegociação de dívidas. Os consumidores podem acessar os serviços do órgão pelo WhatsApp (27) 98148-0330, pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (27) 3354-5504, 3354-5512, 3354-5513.

Também é possível ser atendido pessoalmente de segunda a sexta-feira, das 8h às 16 horas, no novo Centro Administrativo, que fica na avenida Alice Coutinho, 109, Vera Cruz, Cariacica. O órgão informa, ainda, que está previsto a realização de um mutirão para março.

Já a Prefeitura da Serra, por meio do Procon Serra, realiza com frequência mutirões de renegociação de dívidas. As empresas variam de caso a caso.

As ações acontecem em mutirões exclusivos do Procon Serra, como foi o caso da renegociação de dívidas com a financeira Dacasa, realizada até a última sexta-feira, ou nos mutirões de serviços da Prefeitura, como o Conta Comigo, Procon nos Bairros e o Serra + Cidadã.

Novo evento

O Procon estadual informou que realizará um mutirão no ano que vem, mas explicou que a ação ainda está sendo estruturada e não há novas informações por enquanto.

SAIBA MAIS

Acordos não são cumpridos

Vilão

O cartão de crédito tem sido apontado como o vilão no endividamento das famílias. Mas, especialistas destacam que falta educação financeira para utilizar o recurso corretamente, obtendo inclusive os benefícios que ele é capaz de proporcionar quando utilizado corretamente.

Transações não evoluem

Cerca de 71% dos acordos de renegociação realizados em nível nacional não são cumpridos. Por isso, antes de fechar qualquer acordo, o consumidor precisa avaliar bem se tem condições de cumpri-lo.

Reincidência

Para evitar conseguir limpar o nome e acabar ficando negativado de novo, o devedor deve fazer uma avaliação do que o levou ao endividamento. Além disso, é necessário ter um planejamento para não haver reincidência.

Educação financeira

Especialistas apontam que a educação financeira deve ser uma ferramenta usada com mais efetividade para trazer retorno prático para vida das famílias.

Em uma sociedade que estimula o consumo, aprender a questionar a real necessidade dos objetivos que estão sendo adquiridos e a fazer compras com um olhar crítico já podem contribuir enormemente para uma vida financeira mais equilibrada.

Mas é importante saber planejar. Muitas vezes, mesmo a família que tem maior renda, acaba tendo maior acesso a crédito e entrando no endividamento.

Uma das dicas é organizar as dívidas por prioridade e urgência, focando naquelas com maior juros.

Fonte: Economistas citados na reportagem.

ANÁLISE

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Marcel Lima, membro do conselho de Finanças do Ibef-ES |  Foto: Divulgação

“Inflação anterior ainda tem reflexos”

“Apesar de a taxa de desemprego no Estado atingir este ano o menor patamar desde 2015, a forte inflação dos últimos anos, associada aos juros altos, ainda reflete no orçamento das famílias.

Só na Grande Vitória, a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou acima da média nacional, contribuindo para a piora no endividamento. A boa notícia é que o corte gradual dos juros já está em curso e novas quedas são esperadas para o ano que vem.

Além disso, foi prorrogado o prazo do Desenrola Brasil para março na Faixa 1 e manteve a Faixa 2 para até o final do ano, o que será uma excelente oportunidade para conseguir descontos atrativos.”

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