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Nada de receita caseira: especialistas orientam cuidados com as queimaduras

Especialistas explicam que o paciente não deve utilizar receitas caseiras no ferimento. Após limpar o local, é indicado ir ao hospital


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Panelas com água fervendo que escapam do controle, vapor, churrasqueiras, contato com a rede elétrica, que causa um choque, e produtos químicos são alguns exemplos que podem causar queimaduras. O que fazer diante dessa emergência?

Para começar, nada de usar receitas caseiras, como pasta de dente ou manteiga.

“Lave com água corrente, cubra a área com uma toalha limpa e leve o acidentado para o hospital. Não passe pó de café, pasta de dente, pomadas, manteiga, enfim, não passe nada sobre a queimadura. Só dá mais trabalho para o médico retirar”, destaca o cirurgião plástico Alberto Colnago, do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória.

Rafael Melo, médico intensivista do Hospital Estadual Jayme Santos Neves, destaca que o CTQ do hospital é referência estadual.

“A gente sempre orienta a nunca romper essas bolhas. Às vezes o paciente chega no hospital com a bolha rompida. Você abre uma porta para a infecção, isso não deve ser feito, é a orientação que a gente dá sempre para o paciente.”

Rafael explica que existe a queimadura de via aérea e respiração de fuligem, que leva à entubação do paciente.

“A queimadura leva à inflamação do corpo muito intensa. A gente tenta controlar esse processo e cuidar dessa ferida. Passando a primeira semana é o momento mais delicado, pois essa ferida, como ela está exposta, tem risco de infecção”, afirma Rafael Melo.

A orientação dos especialistas sempre é que o paciente busque uma ajuda médica.

Alberto Colnago destaca que a maioria das vítimas das queimaduras são as crianças e que elas ocorrem na cozinha de casa. Em seguida, vêm os idosos.

“Como trato de crianças, há definições claras: até 3 ou 4 anos, as crianças são queimadas por líquidos aquecidos como água, chá, café, mingau, sopa ou leite, por quem as cuida. Após essa faixa, temos o momento arte: fazer fogo escondido de posse de litro de álcool e fósforos. Felizmente o acesso à gasolina e querosene é mais incomum, pois provocam lesões mais profundas”, afirma.

De janeiro a setembro deste ano, foram 325 internações no Estado por queimaduras. Em todo o ano passado, foram 429, segundo o Sistema de Informações Hospitalares (SIM).

Acidente durante churrasco

A auxiliar administrativo Larissa Piona Pagung, 28 anos, estava em um churrasco onde usavam uma churrasqueira improvisada para fritar alimentos, como se fosse uma frigideira.

Imagem ilustrativa da imagem Nada de receita caseira: especialistas orientam cuidados com as queimaduras
Larissa Piona Pagung, 28 anos, teve 29,5% do corpo queimado. |  Foto: © Divulgação/Acervo pessoal

Embaixo do equipamento colocaram um copo com álcool, para acender o fogo. Em determinado momento, o fogo voltou e atingiu Larissa e mais cinco pessoas. Ela foi a mais queimada, tendo 29,5% do corpo afetado.

“Foram 52 dias internada para eu me recuperar por completo. Até ter meu movimento 100% do braço foi um ano. Passei por sete cirurgias e o tratamento é por tempo indeterminado, pois ainda trato”, explica.

Ela conta que demorou um ano para retornar às atividades normais, até mesmo trabalhar.

“Fiz enxerto no braço praticamente todo e na lateral da coxa, e também fiz fisioterapia por um ano, entre outros procedimentos”.

Cuidados específicos em busca da reabilitação

Pacientes que têm queimaduras precisam ser acompanhados por equipes multidisciplinares, mas, dependendo do grau dos ferimentos, podem ter a necessidade de ficar internados em um CTQ e de passar por cirurgia plástica.

“O cuidado do paciente queimado é muito específico. Envolve um treinamento, temos uma equipe não só de médicos, cirurgiões, plásticos, mas com fisioterapeutas, muito treinados”, diz Rafael Melo, médico intensivista do Hospital Estadual Jayme Santos Neves.

O cirurgião plástico Alberto Colnago destaca que a especialidade é a que trata as queimaduras.

“Atuamos muito nos curativos especiais que usamos no CTQ, sob anestesia. Através deles, objetivamos fazer com que a pele se recupere rapidamente, e sem sequelas”, afirma.

OPINIÕES

Imagem ilustrativa da imagem Nada de receita caseira: especialistas orientam cuidados com as queimaduras
|  Foto: Reprodução /Tv tribuna
Imagem ilustrativa da imagem Nada de receita caseira: especialistas orientam cuidados com as queimaduras
|  Foto: Kadidja Fernandes/at - 09/04/2024

Saiba mais

Tipos de queimadura

Primeiro grau

a pele fica avermelhada e dolorida. É a queimadura da praia no verão. Com a popularização do protetor solar, é a queimadura do turista que esqueceu de usar o filtro, ou bebeu demais e dormiu na praia.

Segundo grau

a pele forma bolhas que se soltam e é ,também, dolorosa. Entretanto, ficam camadas mais basais de pele que permite ao corpo regenerá-la.

Terceiro grau

É a mais profunda, quando todas as camadas da pele são destruídas, e o corpo não tem como regenerá-la.

Em consequência, nesses casos usam-se os enxertos de pele, que é o procedimento cirúrgico reconstrutor mais comum no binômio queimado/cirurgião plástico.

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