COP 30, Sebastião Salgado e o pioneirismo do Espírito Santo
Espírito Santo se destaca nas ações climáticas que antecedem a COP 30
O Brasil sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, entre os dias 10 e 21 de novembro. Belém (PA), no coração da Amazônia, será o centro global para discussão e negociações sobre o tema. São esperados mais de 40 mil visitantes durante os principais dias do evento, de acordo com estimativas da Fundação Getulio Vargas (FGV), e 135 países já confirmaram presença na Conferência.
Os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil – e é em uma pequena porção desse país continental que uma revolução ambiental está em curso.
O Espírito Santo aderiu oficialmente às campanhas “Race to Zero” (Corrida para o Zero) e “Race to Resiliense” (Corrida para a Resiliência), comprometendo-se com a realização de ações visando à neutralização de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) até 2050 e a resiliência climática.
Nosso estado é o único do País a ter um Fundo de Descarbonização, anunciado no final do ano passado pelo governo do Estado e pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Serão R$ 500 milhões em recursos do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses), oriundos da exploração de petróleo e gás, para financiar a transição para uma economia de baixo carbono no Estado.
O Fundo vai financiar projetos voltados à eficiência energética, geração de energia solar, produção e uso de biometano, reflorestamento, entre outras iniciativas que contribuam para a redução da pegada de carbono no Espírito Santo. São movimentos decisivos, que projetam o nosso estado para o mundo e nos conectam aos debates mais urgentes do planeta. O Espírito Santo não está assistindo, está efetivamente agindo.
Estamos à frente também do Consórcio Brasil Verde, presidido pelo governador Renato Casagrande, que reúne estados para promover ações conjuntas de combate às mudanças climáticas e cumprimento das metas do Acordo de Paris, focando em ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Coube ao destino que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas no Brasil ocorresse no ano em que o grande fotógrafo Sebastião Salgado nos deixou. Mineiro de Aimorés, município vizinho a Baixo Guandu, Salgado tinha profunda ligação com o Espírito Santo. Foi aqui no nosso estado que ele conheceu sua companheira, Lélia Wanick, e se formou em Ciências Econômicas, pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Em Aimorés, Salgado fundou o Instituto Terra. Ele e Lélia restauraram a floresta na antiga fazenda da família, recuperando a biodiversidade da Mata Atlântica e promovendo o desenvolvimento rural sustentável na Bacia do Rio Doce. O extraordinário fotógrafo registrou a beleza da natureza em trabalhos como “Amazônia” e “Geneses”.
Os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil, em novembro, e é o Espírito Santo que se destaca na paisagem.
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