Cooperativas de saúde geram empregos e qualidade de vida
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (11)
Leitores do Jornal A Tribuna
Cuidar do bem-estar das pessoas é uma das preocupações primordiais das cooperativas, e aquelas que atuam na área da saúde contribuem para a materialização desse anseio de forma literal. Elas têm como premissa atender às demandas de cuidado da população com base em parâmetros elevados de qualidade, eficácia, segurança e inovação.
No Espírito Santo existem 18 cooperativas de saúde espalhadas pelo estado, que ofertam serviços em diferentes áreas, como clínica geral, anestesiologia, cirurgia, pediatria, psicologia, enfermagem, ortopedia e odontologia. Elas atendem tanto pessoas, diretamente ou por meio de planos de saúde, quanto instituições que precisam contratar ou terceirizar serviços de saúde.
No entanto, a relevância das cooperativas de saúde não se limita à gama de clientes que atendem. Devido às características do modelo econômico que adotam – o cooperativismo –, seus benefícios também favorecem o trabalho de 5,5 mil profissionais de saúde no estado. Esse é o número de cooperados que esses negócios colaborativos reúnem, de acordo com a edição mais recente do Anuário do Cooperativismo Capixaba.
Ao se unirem para prosperar juntos, esses profissionais têm mais chances de serem bem remunerados, de atuarem em conformidade com seus valores e com autonomia, de acessarem recursos e equipamentos de ponta e de alcançarem estabilidade e segurança na carreira. Também são vantagens o fato de poderem acessar soluções de educação e desenvolvimento profissional e de focarem na qualidade dos seus atendimentos.
Outro grupo favorecido pelas cooperativas de saúde são os colaboradores, que desenvolvem todo o trabalho administrativo e de negócios que viabiliza a atuação dos médicos e demais profissionais cooperados. No Espírito Santo, 5,2 mil pessoas são empregadas por coops de saúde, o maior índice entre todos os ramos do cooperativismo capixaba.
Igualmente expressiva é a contribuição das cooperativas de saúde para o fortalecimento da economia local e das políticas públicas. Isso porque, em 2022, elas movimentaram R$ 2,7 bilhões no estado. No mesmo ano, recolheram R$ 243,4 milhões em tributos municipais e federais.
E quando o assunto é a responsabilidade social, as cooperativas do Ramo Saúde se destacam. Em 2022 elas destinaram R$ 4,37 milhões em doações e apoio financeiro para programas e projetos sem fins lucrativos. Muitas delas ainda possuem iniciativas próprias de apoio às comunidades, o que ajuda a fomentar a qualidade de vida, a inclusão e a equidade nas regiões em que atuam.
A partir dessas informações é possível perceber o quanto o impacto das cooperativas em questão é difuso, não se restringindo somente aos seus clientes, cooperados e colaboradores. Também ganham o Estado e toda a sociedade, que passa a contar com parceiros que promovem o desenvolvimento econômico das suas cidades de forma sustentável, ambientalmente correta e socialmente justa.
- Pedro Scarpi Melhorim é presidente do Sistema OCB/ES, conselheiro da Unimed Sul Capixaba e médico atuante.
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