Sobre ser mãe e viver uma jornada mágica e desafiadora
A criação de um filho é um processo com erros e acertos, que vai sendo calibrado com as vivências e a dedicação
A maternidade é uma experiência inigualável. É vivenciar o milagre de gerar a vida. É, também, experimentar a capacidade de amar sem limites, mesmo sem gerar. Seja na gravidez planejada, seja na gravidez inesperada, descobrir que existem dois corações batendo em um mesmo corpo é um tanto assustador. Decidir gestar um filho no coração, como acontece nos casos de adoção, também.
Em qualquer uma dessas situações, vive-se um misto de emoções, que ganham novas nuances até a chegada do filho ou da filha e ao longo da criação dele ou dela. Fato é que, uma vez iniciada essa jornada, a vida da mulher nunca mais é a mesma.
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Com a maternidade, surgem novas prioridades, novas responsabilidades e novos sentimentos, que, inclusive, variam de mulher para mulher. Para algumas, a maternidade é a realização de um sonho; para outras, é o cumprimento de um rito social. Há quem a considere ambas as coisas. Em todos os casos, não há quem esteja “errada”. O importante é se preparar para que seja uma jornada saudável.
A relação entre mãe e filho é, geralmente, incomparável. O primeiro vínculo que o ser humano estabelece na vida, afinal, é com a figura materna. Daí já se percebe a importância da mãe para o desenvolvimento de uma pessoa, tanto no aspecto físico quanto no aspecto psicológico. Estudos mostram que, desde o útero, as conversas que a mãe mantém com o feto servem para que ele se sinta desejado e amado e influenciam no desenvolvimento dele.
A maternidade é, sim, uma jornada mágica e deliciosa, mas é, muitas vezes, difícil. Ter consciência disso e deixar de lado a romantização que há em torno dela são posturas importantes para que as futuras mães se preparem para enfrentar essa realidade encantadoramente desafiadora. Algumas mães nascem quando se descobrem grávidas; outras nascem junto com o bebê; outras, na construção do vínculo ao longo dos dias.
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Por maior que seja o desejo de ser mãe, por mais que tenha sido uma idealização da mulher ao longo da vida, só sabe o que é a maternidade quem vive essa experiência, que é um aprendizado diário, independentemente da idade e da fase da vida em que o filho esteja.
Um entendimento fundamental que a mulher precisa ter, desde a chegada do bebê, é que ela não é perfeita. E isso é normal! A criação de um filho é uma construção, um processo com erros e acertos, que vai sendo calibrado com o tempo, com as vivências, com dedicação e preparo.
Estudando, é possível compreender, por exemplo, que não se deve culpar-se por perder o controle, por muitas vezes não saber o que fazer, por não ter todas as respostas, por não ser perfeita. Assim como é certo que a perfeição não existe, é certo, também, que a culpa é extremamente adoecedora e tem um potencial altíssimo para criar relações nada saudáveis.
Quando entende e aceita que é, permanentemente, uma mãe em formação, a mulher consegue viver essa jornada de uma forma mais leve! Uma mãe feliz cria filhos mais felizes!
Monique Duarte é engenheira e educadora parental
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