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Opinião Econômica

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Colunista

Vitória no topo: a colheita da inovação capixaba

Vitória lidera ranking nacional e consolida a força do ecossistema de inovação capixaba

Michele Janovik | 25/09/2025, 12:02 h | Atualizado em 25/09/2025, 14:37

Imagem ilustrativa da imagem Vitória no topo: a colheita da inovação capixaba
Michele Janovik é CEO do Base27. |  Foto: Divulgação

O Espírito Santo acordou com a seguinte manchete: “Vitória desbanca Florianópolis e lidera ranking de cidade mais inteligente do Brasil”.

O Ranking Connected Smart Cities, em sua 11ª edição, avaliou 5.570 municípios com base em 75 indicadores distribuídos em 13 áreas (Economia, Governança, Meio Ambiente, Educação, Mobilidade, Saúde, Energia, Inovação, Segurança, entre outros). Vitória surpreendeu ao assumir o 1º lugar, desbancando Florianópolis, líder nos últimos dois anos. Mas será que isso foi tão de repente?

Em 2022 participei de um painel do InovaWeek/UVV sobre o ecossistema de inovação do ES, comparando-o a RS e SC. Ao ser questionada sobre o que faltava ao nosso estado, respondi: paciência. Já tínhamos conquistas acadêmicas, empresariais e institucionais, mas em iniciativas isoladas.

Em 2018 surgiu a Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), unindo setor produtivo, governo e academia para fomentar um novo ciclo de prosperidade.

Em 2019, a Fundação CERTI (SC) mapeou o ecossistema capixaba, indicando projetos estruturantes. Desde então, o movimento ganhou corpo: Findeslab, FUNSES1, SEEDES, Base27, Bússola Hub, Espírito Hub e o fortalecimento de ações como o Messes no sul do estado.

Esses esforços mostram que resultados em inovação não surgem de imediato. Mudança de mentalidade leva tempo. Cultura de inovação leva tempo. Valor leva tempo. Mas o ES está no caminho certo. Hoje já colhemos frutos de um trabalho colaborativo, sistemático e contínuo.

Além de Vitória, outros municípios figuram entre os 100 principais: Vila Velha (23ª), Cariacica (63ª), Serra (70ª) e Cachoeiro de Itapemirim (85ª). Isso reforça que não é acaso: é fruto de semeadura coletiva.

O desafio agora é comunicar melhor nossos feitos, fortalecer a confiança no potencial capixaba e inspirar o Brasil.

Se me perguntassem novamente o que falta ao nosso ecossistema, eu diria: já começamos a colher o que semeamos. O próximo passo é continuar investindo com paciência, colaboração e ousadia, mostrando amplamente ao país e ao mundo do que o Espírito Santo é capaz.

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