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Nutridicas, por Gabriela Rebello

Nutridicas, por Gabriela Rebello

Colunista

O que você come pode ser terapia para a mente

Tudo o que você precisa saber para uma alimentação saudável no dia a dia

Gabriela Rebello, Colunista A Tribuna | 19/09/2025, 12:06 h | Atualizado em 19/09/2025, 12:06

Imagem ilustrativa da imagem O que você come pode ser terapia para a mente
Gabriela Rebello é nutricionista. |  Foto: Divulgação

Você já parou para pensar que aquilo que colocamos no prato pode influenciar não apenas a nossa forma física, mas também os nossos pensamentos e emoções? Em setembro, mês marcado pela campanha do Setembro Amarelo, que chama atenção para a prevenção do suicídio e para o cuidado com a saúde mental, é impossível não refletir sobre a íntima conexão entre corpo e mente. E talvez a pergunta mais instigante seja: será que a comida pode ser um aliado poderoso na nossa luta contra a ansiedade, a depressão e o esgotamento emocional?

A ciência tem mostrado que sim. Hoje falamos muito sobre o chamado “eixo intestino-cérebro”, um canal de comunicação constante entre esses dois órgãos. No intestino vivem trilhões de bactérias que formam a microbiota intestinal, um verdadeiro exército que, quando equilibrado, ajuda a produzir neurotransmissores como a serotonina e a dopamina – substâncias diretamente ligadas à sensação de prazer, bem-estar e motivação. Isso significa que uma microbiota saudável pode ser tão relevante para a nossa felicidade quanto uma boa conversa com um amigo ou uma sessão de terapia.

Mas na correria do dia a dia, quem nunca caiu na tentação de recorrer a ultraprocessados como bolachas recheadas, refrigerantes e fast-foods? Embora pareçam inofensivos, esses alimentos inflamam o organismo, desequilibram a flora intestinal e, a médio e longo prazo, podem intensificar sintomas de ansiedade e tristeza. É como se colocássemos combustível de má qualidade em um carro: ele até anda, mas logo começa a dar sinais de pane. Por outro lado, uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, castanhas, azeite de oliva e peixes – pilares da chamada dieta mediterrânea – tem mostrado resultados consistentes na melhora do humor e na redução do risco de depressão.

Ou seja, pequenas escolhas diárias podem ter impacto profundo. Começar o dia com um café da manhã colorido, que inclua uma fruta fresca e uma fonte de proteína como ovos ou iogurte natural, já ajuda a manter os níveis de energia estáveis. Ao longo do dia, trocar aquele salgadinho ultraprocessado por batida de fruta com leite vegetal e um suplemento de proteína ou até mesmo um sanduíche natural de atum pode oferecer gorduras boas que nutrem o cérebro. E não podemos esquecer da hidratação: beber água de forma adequada é um ato simples, mas essencial para que todas as reações químicas do organismo aconteçam da melhor forma possível.

Mais do que uma lista de alimentos “proibidos” ou “permitidos”, a reflexão que setembro nos traz é sobre autocuidado. Cuidar da mente também passa por nutrir o corpo. Isso não substitui psicoterapia, acompanhamento médico ou uso de medicamentos quando indicados – todos fundamentais no tratamento da saúde mental –, mas complementa de forma poderosa. Comer bem é um ato de amor-próprio, uma forma de dizer ao corpo e à mente: “eu me importo com você”.

Que este Setembro Amarelo seja um convite à consciência: não estamos sozinhos em nossas batalhas e pequenas mudanças no prato podem iluminar o caminho para dias mais leves. Se alimentar é mais do que matar a fome – é também plantar sementes de equilíbrio emocional. Afinal, cada refeição pode ser um passo em direção à saúde mental que todos nós merecemos.

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Se você estiver passando por um momento difícil, saiba que pode procurar ajuda. O CVV – Centro de Valorização da Vida – oferece apoio emocional gratuito pelo telefone 188. Você não está sozinho.

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