Safra em risco
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As investidas de clubes brasileiros no retorno de jogadores da geração 91/92 em atividade no exterior tem sido uma experiência ainda de pouco retorno. Ao menos no caso de oito deles, atualmente com idade entre 33/34 anos, trazidos com a ideia de dar um verniz nos times. Oscar, do São Paulo; Danilo e Alex Sandro, do Flamengo; e William José, do Bahia, nascidos em 1991; e Lucas Moura, do São Paulo; Philippe Coutinho, do Vasco; Bernard, do Atletico/MG, e Neymar, do Santos, nascidos em 92, vivem às voltas com lesões musculares ou por traumas.
Não há evidências que condenem o investimento nessas referências com idade acima dos 30 anos. Ao contrário: eles costumam dar mais qualidade e bagagem aos elencos. Mas parecem sofrer com o desgaste do calendário.
Em julho, cinco destes oito expoentes da geração 91/92 “repatriados” nos últimos dois anos passaram bom tempo nos departamentos médicos de seus respectivos clubes: Lucas Moura, com lesão no joelho; Coutinho, panturrilha; Oscar, fratura na vértebra; e a dupla rubro-negra, Danilo e Alex Sandro, coxa;
Os cinco (mais Neymar!) fizeram parte da seleção campeã do Sul-Americano e do Mundial Sub-20 em 2011. Se desenvolveram no futebol europeu. E o vascaíno Coutinho, de 33 anos, que neste domingo (27), não enfrenta o Internacional na Arena Beira Rio, é entre eles o que tem a melhor média de presença, com 27 dos 39 jogos (69,2%) do time em 2025.
Os que menos participaram das partidas de seus clubes são Lucas Moura, de 32, com 13 dos 38 jogos do São Paulo (34,2%); e Danilo, de 34, com 17 jogos nos 43 (39,5%) do Flamengo, desde janeiro.
No início do ano passado, um estudo feito pelo GE.com mostrou que nenhum jogador de linha atuou em mais de 80% dos jogos de seu clube na Série A de 2023. A maioria daqueles considerados titulares participou de carga que variou entre 50% e 70% dos jogos do time na temporada.
Por este balizamento, o atacante Bernard (32), do Atletico-MG que enfrenta o Flamengo neste domingo (27), é entre os oito o único acima da média, com presença em 29 das 38 partidas do time de Cuca (76,3%) no ano.
Neymar (33), que ainda tenta engatar uma regularidade para estar entre os convocados de Carlo Ancelotti para os dois últimos jogos da seleção nas Eliminatórias, em setembro, fez 15 dos 31 disputados pelo Santos (48,3%). Ainda está abaixo dos 50%, mas vem jogando desde abril sem incoerências. Bom sinal.
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