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Gilmar Ferreira

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Colunista

Gilmar Ferreira

De mal a pior

Presidente do Vasco, Pedro Paulo admite saída se torcida o considerar o problema, mas coletiva aumenta crise no clube dentro e fora de campo

Gilmar Ferreira, colunista do jornal A Tribuna | 25/07/2025, 12:10 h | Atualizado em 25/07/2025, 12:10

Imagem ilustrativa da imagem De mal a pior
Gilmar Ferreira |  Foto: Arquivo/AT

Tecnicamente, não é errado dizer que o presidente do Vasco, Pedro Paulo de Oliveira, colocou o posto à disposição do poderes do clube em mais uma desastrosa coletiva. Ao dizer na tarde de ontem que deixa a cadeira se os torcedores concluírem que ele é o problema pelo mau momento institucional, administrativo, financeiro e técnico do Vasco, o mandatário, abre espaço para, no mínimo, um pedido de convocação de Assembleia Geral para discutir o caso.

Ou seja: o bombeiro foi chamado a apagar o incêndio e pôs mais fogo na crise vascaína.

Em linhas gerais, o presidente do clube que ainda tem 20 milhões de seguidores reuniu repórteres e influencers que cobrem a rotina do time para informar a existência de instalações clandestinas de água numa de suas sedes; dizer que anunciou uma reforma em São Januário sem ter contrato assinado; corresponsabilizar o diretor de futebol já demitido por contratações de jogadores que não corresponderam; elogiar o trabalho do ex-companheiro da época de jogador Felipe Loureiro; e lembrar que nunca prometeu reforços “nível Real Madrid”.

Um tiro no pé. E no momento em que sua diretoria é acusada de intimidações e agressões a críticos em São Januário e o time se vê às margens da zona do rebaixamento.

Discurso ruim para quem hoje tem a torcida dividida. Parte o apoia, cooptada através de acordos com uma das facções organizadas, outra enxerga que caiu numa armadilha articulada por um grupo político que não tinha um projeto esportivo para o clube e uma terceira que tomada pelo acúmulo de desilusões, já começa a desistir de acompanhar o time nas arquibancadas.

Pedro Paulo, que conseguiu um verniz na imagem com boa leitura técnica e tática nas transmissões das partidas pelo Sportv, talvez fosse um ótimo diretor de futebol.

Conhece aspectos do jogo, tem o domínio dos termos utilizados na formação dos mecanismos e até mesmo uma forma muito bonita de enxergar o futebol como arte.

Mas não tem o conhecimento de gestão empresarial necessário para o combate das chagas do Vasco. E se perde entre o líder que deveria estar à frente de grandes negócios para o clube e o diretor que discute a rotina do futebol.

Se queixar dos passados, mostrar desânimo nas narrativas e repetir o velho chavão de que o objetivo é gerir o clube de uma forma diferente de seus antecessores é, sem perceber, fazer o mesmo que eles. Pior: cada vez mais pobre.

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