Próximo passo
Comentários sobre o futebol, os clubes e os craques do esporte mais popular do planeta
A cada dia mais adaptado à rotina carioca, Carlo Ancelotti vai a Madri na semana que vem para providenciar o restante de sua mudança para o Rio. Na volta, define o roteiro da viagem aos Estados Unidos onde assistirá a jogos do Mundial de Clubes da FIFA. Na próxima convocação, em agosto, a relação dos jogadores selecionados para enfrentar o Chile, no Brasil, e a Bolívia, em La Paz, será 100% feita por ele. Será a última das Eliminatórias.
É impossível dizer agora qual será o saldo dessa experiência de ter um italiano vencedor, experiente e carismático à frente do símbolo mais valorizado do futebol. Mas ainda que esteja há 23 anos sem conquistar uma Copa do Mundo, a camisa verde e amarela exerce grande fascínio sobre as pessoas.
E a presença de um treinador campeão à frente de times de cinco diferentes países da Europa talvez ajude nessa necessária e tão sonhada alquimia.
Dia desses, um amigo me contou ter voltado a se animar com os jogos da seleção brasileira por ter percebido no jeito simplório de Ancelotti a figura de um homem simplório.
“Tipo, o tio da praça”, ele disse, sentindo-se tocado pelo jeito acolhedor do italiano. A CBF já percebeu a empatia. Rodrigo Caetano, o diretor de seleções, tem se desdobrando na missão de apressar a adaptação de “Carlito” - como é chamado por todos nos bastidores da seleção.
A vitória sobre o Paraguai neste jogo de amanhã, em Itaquera, é considerada fundamental. E não só para efeitos de classificação. O empate com o Equador na estreia em Guayaquil estancou o sangue das feridas abertas pelos 4 a 1 impostos pelos argentinos e o objetivo agora é melhorar o jogo ofensivo.
A volta de Raphinha é um trunfo, mas a mudança será também na postura, com pelo menos um dos laterais sendo mais ofensivo - Vanderson, talvez.
Acho graça dos que se apegam às críticas precipitadas. Esperar e torcer pela melhora da seleção não é “pachequisno”. Tampouco ufanismo! É mesmo entendimento sobre o processo de formação de um time competitivo. E sem ilusão.
Não acho que a seleção vai jogar o futebol que encantou o mundo no passado. Mas a expectativa vai mudar na medida em que jogadores e técnico se afinarem na melhor estratégia de jogo.
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