O dono da 10...
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O clássico entre Botafogo e Flamengo estava empatado em 0 a 0, no Nilton Santos, em disputa equilibrada, até que, aos 40 minutos, Arrascaeta pega a bola na intermediária pelo lado direito e arranca na diagonal. O meia deixa Savarino para trás, livra-se de Allan com facilidade e acha Pedro, na área. O camisa 9 ajeita o corpo, tira a bola do alcance goleiro Léo Linck e abre o placar da vitória do Flamengo por 3 a 0.
Em seu primeiro ano com a mítica camisa 10 do Flamengo, o meia uruguaio caminha para fazer sua melhor temporada pelo clube. Já são 50 partidas disputadas, seis a menos do que os 56 jogados em 2022, tendo ainda, no mínimo, 13 jogos a cumprir. Isso significa tempo de sobra para quebrar as melhores marcas dele nestes sete anos de história no Flamengo e honrar a camisa imortalizada por Zico, o maior ídolo rubro-negro.
Com 14 gols, Arrascaeta é o vice-artilheiro do Brasileiro - um a menos do que o líder Kaio Jorge. Mas é primeiro em participações em gols (25) e o primeiro também em assistências (11).
Rendimento que dá brilho à ótima temporada, justifica a renovação antecipada do contrato que só terminaria no final de 2026 e reflete a sua relevância no time de Filipe Luis com números que impressionam pela regularidade.
Aos 31 anos, na plenitude da carreira, o uruguaio chegou a 19 gols marcados no ano, superando os 18 feitos em sua chegada, em 2019, até aqui sua melhor marca. E já são 14 assistências, o mesmo número registrado em 2020 e 21, cinco a menos do que as 19 de 2019 e 22.
Ou seja, caminha para superar terminar o ano com os melhores números de história no Flamengo, independentemente de fechar 2025 com os títulos do Brasileiro e da Libertadores.
É curioso que este desempenho tenha chegado após dois anos que pareciam apontar para um possível desgaste na relação. O que faz crer que o craque ganhou viço ao vestir a 10.
E ao estender o contrato até 2028, Arrascaeta completará dez anos de clube, atingindo o patamar dos craques da geração Zico. O último que chegou a tal marca foi Leonardo Moura, que deixou o Flamengo em 2014, após quase onze anos.
Enfim, uma pena que Arrascaeta não tenha nascido pelas bandas de cá do cone Sul. Um jogador que enche o futebol de prazer…
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