Filipe, o invicto!
Confira a coluna desta segunda-feira (17)
Do título estadual conquistado pelo Flamengo no 0 a 0 da tarde do ontem, no Maracanã, chama atenção a eficiência defensiva do time de Filipe Luís que jogou boa parte da competição sem os seus principais atacantes. Ainda assim, o sistema de marcação na saída de bola adversária, com linha de defesa posicionada quase na intermediária, deu ao Flamengo nove vitórias, com dois empates, em onze jogos disputados sob o comando de seu jovem treinador. Significa dizer que para Filipe Luís seu primeiro título estadual nessa função veio de forma invicta!
E com um detalhe que salta aos olhos: o time enfrentou Vasco e Fluminense por três vezes, cada um, e sofreu apenas um gol nos 270 minutos de bola rolando, fora os acréscimos, de cada duelo. Os dois rivais nas semifinais e finais tiveram média de um gol por jogo na fase classificatória, mas nos confrontos com os rubro-negros não conseguiram se articular em termos ofensivos.
O Flamengo de Filipe Luís tem mecanismos de ocupação de espaços, com e sem bola, e isso bastou para que a qualidade dos jogadores sustentasse a invencibilidade.
E sustentasse no sentido mais amplo do termo, porque com o empate de ontem o Flamengo chegou ao 12° clássico sem derrota em jogos do Carioca. Nas últimas duas edições, venceu três e empatou três partidas com o Fluminense; venceu três e empatou uma com o Vasco; e venceu duas com o Botafogo.
O último jogo em que saiu derrotado num confronto com os outros três grandes do Rio de Janeiro foi na goleada por 4 a 1 imposta pelo Fluminense no dia 9 de abril de 2023, resultado que valeu o bicampeonato tricolor.
Filipe Luís, como ele mesmo diz, pegou um elenco de alto nível, com DNA vitorioso, e fez ajustes no sistema de jogo.
Aceitou correr riscos, escalou os jogadores mais bem preparados para atuar no ritmo que seu mecanismo exige e em nenhum momento o vimos lamentar as contusões de Bruno Henrique, Cebolinha, Michael ou Juninho, principais referências de seu ataque.
Nos onze jogos em que esteve à beira do campo, seu Flamengo fez 22 gols, sofreu dois. Aproveitamento digno de um time formatado para explorar virtudes no limite de sua capacidade.
Não sabemos onde este time do Flamengo chegará. Mas o troféu que leva o nome do ídolo Arthur Antunes Coimbra chega à Gávea em boa hora. Zico merecia essa conquista. Os rubro-negros estão de parabéns…
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