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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

O voo livre do pensamento

Crônicas e dicas do doutor João Evangelista, que compartilha sua grande experiência na área médica

João Evangelista Teixeira Lima, Colunista de A Tribuna | 07/10/2025, 11:36 h | Atualizado em 07/10/2025, 11:36

Imagem ilustrativa da imagem O voo livre do pensamento
João Evangelista Teixeira Lima é clínico geral e gastroenterologista |  Foto: Divulgação

Pensar é um produto da mente, que pode surgir mediante atividades racionais do intelecto ou por abstrações da imaginação. Se um ser humano fosse privado de pensar, isso seria o mesmo que possuir uma vida sem existência. Durante todas as fases da vida, os pensamentos acompanham-nos, enquanto estamos acordados.

O pensamento é um processo complexo, já que é possível pensar sobre situações, sentimentos ou sobre o próprio pensar. Certos pensamentos podem residir em nossa mente, sem que tenhamos consciência deles.

Ao ver uma folha caindo no chão, podemos pensar sobre chegada do outono ou mesmo sobre um momento de nostalgia, por exemplo. Ao se deparar com uma rosa, pensamos sobre sua beleza e perfume.

Enquanto escrevo esta crônica, permito meus pensamentos fluírem sem o freio do raciocínio, mesmo correndo o risco de deixá-los fragmentados e longe da lógica.

Entre dietas e exercícios físicos, penso que o melhor elixir da saúde é embalar sonhos, esse combustível da motivação, que se dá melhor com a esperança do que com a ansiedade.

Envelhecendo neste mundo incerto, continuo acreditando que a incerteza não é uma razão para parar de buscar a verdade; afinal, tampouco é certo que tudo é incerto. Até a realidade duvida da sua certeza.

Aprendo que convicções cristalizam o pensamento, transformando ideias em doutrinas, fazendo com que a mente se torne doente por desejar aquilo que ela mesma proíbe.

Observando atletas disputando a corrida denominada Dez Milhas Garoto, penso que, na vida, chegar é fácil, difícil é parar.

Semana passada, caminhando numa perigosa trilha, nos rochedos de Meaípe, quase caí no mar. Talvez eu tenha dado a Deus a oportunidade de me matar, mas Ele não o fez. Creio que Deus gosta de mim.

Como relatou-me um paciente: “Doutor, o senhor estudou doenças”. “O que eu aprendi, foi nelas”.

Viajando rumo ao passado para matar certezas da minha infância, sentindo que a velhice é o fim do viver e o começo do sobreviver, peço aos amigos para não me esquecerem, mesmo quando eu morrer. O esquecimento é a morte dos mortos.

Enquanto peso a alma na balança, sigo com a minha vocação para ser alegre.

Continuo trabalhando, mesmo aposentado do serviço público. Tenho imenso prazer em atender pacientes, escrever e gravar entrevistas para o programa “Dr. João Responde”. Não faço isso por dinheiro. Riqueza é como sal, só serve para temperar. Sofrem tanto os que têm em excesso, quanto os que não têm nada.

O relógio marca 23 horas. Minha mente cansou de pensar. O sono começa a desligar meu cérebro. Hora de dormir e sonhar. Sonhos são pensamentos que não foram pensados.

Mesmo sonhando, o pensamento experimenta a si mesmo como participante no eterno.

Como nada começa que não tenha que acabar e tudo o que começa nasce do que acabou, recolho os pensamentos que estavam voando sem critério, sentindo minha alma lavada e enxaguada.

Após testar minha lucidez, louvo a vida, a divina vida que mora em meu humilde corpo.

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