Veja a lista dos suplementos que foram reprovados pela Anvisa em 2025
Produtos que viraram moda na busca pela boa forma tinham irregularidades na composição, rótulo e em substâncias
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Irregularidades na composição, rótulo, substâncias ou até falsificações levaram a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a determinar proibições ou suspensões de suplementos vendidos no Brasil.
A lista inclui desde compostos populares, como whey protein e creatina, até vitaminas, melatonina e produtos fitoterápicos.
Os motivos para o veto são diversos. Em alguns casos, os produtos foram classificados como falsificados; em outros, apresentavam irregularidades na fabricação, não tinham registro válido ou faziam propaganda indevida com promessas não autorizadas.
Há também itens cuja origem ou composição não foram devidamente comprovadas. Em muitos casos, as empresas responsáveis não tinham autorização para fabricar suplementos ou utilizar determinadas substâncias.
A recomendação da Anvisa é que consumidores devem interromper o uso dos suplementos irregulares. O produto deve ser descartado de forma segura.
O médico endocrinologista do Hospital das Clínicas (Hucam) Mario Sergio Zen ressaltou, primeiramente, que suplementos alimentares não devem ser a principal fonte de vitaminas, proteína ou sais minerais. “Ele é um suplemento. A população deve ser estimulada a se alimentar bem, com vários tipos de alimentos”.
Para ele, existe hoje o “modismo” de uma suplementação, mesmo em casos que não há indicação. Caso tenha, aí ele ressalta a importância de buscar produtos de boa procedência.
“Se o paciente conhece uma marca de um laboratório confiável, deve tentar usar essa. Além disso, é preciso ter cuidado redobrado com compras pela internet”.
O médico intensivista, nutrólogo do Hospital São José e professor do Unesc Rendrix Batista Rodrigues explicou que todo suplemento deve ter registro ou notificação sanitária na Anvisa, por isso, antes de comprar, é importante conferir no rótulo.
“O número de registro ou notificação deve estar visível. Além disso, valores muito baixos em relação ao mercado podem indicar produtos falsificados, vencidos, contrabandeados ou sem controle de qualidade. O barato pode sair caro, especialmente quando envolve a saúde”.
Outra orientação, segundo ele, é dar preferência a farmácias, lojas de suplementos autorizadas ou sites oficiais de marcas reconhecidas. “Evite marketplaces que não garantem a procedência dos produtos vendidos por terceiros”.
Mas o ponto principal, segundo ele, é que antes de iniciar o uso de qualquer suplemento, é recomendável passar por uma avaliação médica ou nutricional. “Nem todo suplemento é indicado para qualquer pessoa – e o excesso pode ser prejudicial”.
Confira a lista
Suplementos alimentares
Não são medicamentos e, por isso, não servem para tratar, prevenir ou curar doenças.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os suplementos são destinados a pessoas saudáveis. Sua finalidade é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação.
Irregularidades
A Anvisa orienta que, em caso de dúvidas sobre problemas, as pessoas acessem o site no link “Produtos Irregulares”.
Algumas suspensões e proibições este ano
Julho
Detox fit, Intensy, Lipo sem corte (todos os lotes), da Lipo sem corte suplementos alimentares: proibição e apreensão.
Suplemento líquido marca Abstiny (todos): proibição de distribuição, comercialização, propaganda, uso e fabricação.
Junho
Suplemento 100% Full Whey, marca Full Life Nutrition, da SFS Alimentos: suspensão e recolhimento.
Suplemento em cápsulas de vitaminas e minerais A-Z, Maxxy Vita, da empresa Alemed Nutracêutica: suspensão e recolhimento.
Maio
Suplementos de melatonina, Metil B9B12 e óleo de semente, da Always Fit: suspensão e recolhimento.
Suplemento de origem desconhecida, marca Oficial Power Green: proibição e recolhimento.
PKU Golike Plus, da MDM Pharma Brasil: suspensão e recolhimento.
Compostos lácteos Mega Lac Pop e Mega Lac 2113 (embalagem de 25 kg), da Dielat: suspensão e recolhimento.
Suplemento líquido, marca Prosdene: proibição e apreensão.
Abril
Suplemento Nattokinase 200mg / 300mg, da Ultranutrição: apreensão e proibição.
Suplemento líquido, marca Prostnar: proibição e recolhimento.
Suplementos Ora-Pro-Nóbis, de todas as empresas: proibição e recolhimento.
Março
Suplementos das marcas Vistalux, Foli Gotas, Libid Gotas, Gotasflux e Viritril (todos): proibição e recolhimento.
Probiotic 100 Billion, marca Pslalae em cápsulas (todos), da SHPS: proibição e apreensão.
Suplemento em pó de creatina, marca Creapure Nutrata (falsificada): proibição e recolhimento.
Suplemento líquido, marca Glico Pure: proibição e recolhimento.
Suplemento em gotas, marca Glitril: proibição e recolhimento.
Suplementos em cápsulas (Kn Nutrition, Lander Fit, Life Extension, Natrol, Now, Puritan’s Pride), e líquidos (marca Now), melatonina em cápsulas (PB 8 Probiotic), da Now Suplementação: proibição e recolhimento.
Fevereiro
Suplemento em gotas, marca Const-Pax: proibição e recolhimento.
Suplemento em cápsulas Ômega 3, marca Realmed (falsificada), da Triforce Solutions: proibição e recolhimento.
Alloezil, da Sorelle: proibição e recolhimento.
Suplemento líquido marca Restauri Vision: proibição e recolhimento.
Melatonina líquida IWS 30ml maracujá 750 gotas / Liquid Melatonin IWS sublingual, da IWS Participações do Brasil: proibição e recolhimento.
Suplemento alimentar em cápsulas, marca Inzulean: proibição e recolhimento.
Ora-Pro-nóbis e Vita Alívio, da Vitae Gold Produtos Naturais: proibição e recolhimento.
Janeiro
Suplemento líquido, marca Visolaris: proibição e recolhimento.
Suplemento líquido, marca Visionletina: proibição e recolhimento.
Cardpro, suplemento em cápsula: proibição e recolhimento.
Ipomagry, extrato de ervas, 30 cápsulas: proibição e recolhimento.
Cápsulas Coenzima Q10 + L-triptofano, Magnésio Dimalato Natural, Magnésio L Treonato Puro, Magnésio Quelato, Ora-pro-nóbis, Vitamina D3 10.000 (marca Bionutri – falsificados): proibição e recolhimento.
Suplementos Inibesek e Sekdetox: proibição e recolhimento.
Suplemento em cápsulas Nervocure: proibição e recolhimento.
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