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Cidades

Uso da internet: pais devem ter atenção redobrada durante as férias

Nas férias, as crianças tendem a buscar novos conteúdos, explorar outros espaços, redes sociais e, por isso, podem ser envolvidas em diversos perigos


Com o período de férias, a preocupação dos pais com os filhos no celular, computador e jogos aumenta. Com mais tempo livre, os perigos também aumentam. 

Crianças e adolescentes podem virar alvo de pedófilos, golpistas e de cyberbullying. Esses são alguns dos perigos, segundo os especialistas.

“Nas férias, o tempo em frente às telas é ainda maior. Se não forem monitorados pelos pais, crianças e adolescentes priorizam os jogos, ou qualquer outra coisa que esteja fazendo nos dispositivos. Além disso,  esse hábito induz à ansiedade e à falta de interações interpessoais. Eles terão dificuldade de se  relacionar pessoalmente com outras pessoas”, destaca a neuropsicopedagoga Dayane  Rodrigues.

Além do excesso do tempo de tela, que aumenta os níveis do hormônio da dopamina, que pode levar ao vício e ansiedade, há outros riscos, como conteúdos inadequados, segundo a psicóloga e orientadora parental Nanda Perim. 

“Temos também o risco de vida, porque  as telas são um portal para o mundo inteiro. Os predadores que têm interesse de alcançar a criança têm ferramentas e sabem muito bem o que eles estão fazendo”, alerta.

As crianças tendem a buscar novos conteúdos, explorar outros espaços, redes sociais e, por isso, podem ser envolvidas em diversas situações que representam a violação de seus direitos, como cyberbullying, abuso e exploração sexual e jogos e desafios na internet, como observa a coordenadora de programas e proteção infantil Karla Corrêa,  do ChildFund Brasil. 

“As crianças se tornam vulneráveis quando navegam sem o acompanhamento necessário”. 

Para o especialista em crimes cibernéticos Eduardo Pinheiro, colunista do jornal A Tribuna,  os pais precisam entender que celular não é brinquedo.

“Ao entregar a uma criança ou a um pré-adolescente um smartphone, os pais precisam orientar quanto aos riscos inerentes ao mundo digital e estabelecer formas de monitoramento. Os criminosos, e em especial os pedófilos, migraram para a internet devido à abrangência da rede e a um suposto anonimato que um perfil falso pode aparentar”.

O titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade, diz que é preciso limitar o tempo  e dar outras opções para crianças e adolescentes fora do ambiente virtual.

Muita paciência e atenção

Imagem ilustrativa da imagem Uso da internet: pais devem ter atenção redobrada durante as férias
A mãe Grazielly Prado Rangel, 42, com as filhas Larissa Prado Rangel, 14, e Carolina Prado Rangel, 11. |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

O monitoramento  dos celulares e rede social das filhas Larissa Prado Rangel, 14, e Carolina Prado Rangel, 11, é fundamental para o casal Grazielly Prado Rangel, 42, e Dâmaso  Rangel, 52.

Para eles,  além de consumir o tempo, prejudica o sistema neurológico e, por isso, usam aplicativos que ajudam no monitoramento do celular. “Coloquei aplicativo desde que dei o primeiro smartphone. Monitorar é sempre um desafio que exige paciência e, acima de tudo, atenção aos filhos”, diz  Grazielly.

Confiança e diálogo

Depois de experimentar o aplicativo de controle parental, Angela Baratella, 45, mãe do João Gabriel, 14,  e do Joaquim, 11, entendeu que, para ela, a confiança e fazer parte do mundo dos filhos funciona melhor para a proteção deles. “Penso que nenhum aplicativo supre a confiança conquistada com o diálogo. Mas não basta só conversar, tem de realmente entrar na vida deles  amor, afetividade e paciência”, diz a mãe.

Imagem ilustrativa da imagem Uso da internet: pais devem ter atenção redobrada durante as férias
Angela Baratella, 45, com os filhos João Gabriel, 14, e Joaquim, 11. |  Foto: Divulgação/Acervo Pessoal

Acompanhar é obrigação dos pais, dizem especialistas 

A ação de monitorar o comportamento digital dos filhos é algo que deixa muitos pais divididos, por questões de privacidade ou por questões de segurança. 

Mas, segundo juristas e especialistas em tecnologias, esse não é só um direito, mas  um dever dos pais. Acompanhar o que os filhos fazem na internet é uma obrigação dos tutores. 

“Os pais precisam estar atentos ao que os filhos menores acessam no ambiente digital. A  legislação brasileira é rica em mecanismos de proteção às crianças e adolescentes que os pais precisam conhecer para criar um ambiente propício de segurança para os filhos, inclusive no ambiente digital”, destaca o especialista em crimes cibernéticos Eduardo Pinheiro.  

A advogada Carla Fregona,  especialista em Ciências Jurídicas e Proteção de Dados, afirma que o monitoramento dos filhos não é ilegal. “Os pais têm a obrigação de zelar pela proteção, educação e bem-estar dos filhos. Imagine seu filho numa rua, sozinho, sem nenhum cuidado. A internet é essa rua”. 

Ela explica ainda que  existe na lei  a previsão dos pais poderem  escolher como exercer o controle parental, no artigo 29 do Marco Civil da Internet,  Lei 12.965, de 2014. 

“Isso significa que eles podem utilizar desde aplicativos para o controle do tempo de exposição com bloqueio até o monitoramento do conteúdo disponível impróprio para a idade”. 

Porém, esse controle deve funcionar mais ou menos como funcionaria fora da rede. “Mais do que vigiar, o controle parental deve servir para o exercício dos deveres de proteção  bem como uma forma de participação na vida digital dos filhos. É preciso ter bom senso e encontrar um equilíbrio”.

A dica da neuropsicopedagoga Geovana Mascarenhas é monitorar conforme a idade da criança ou adolescente. “Saiba diferenciar privacidade de segurança, estabeleça acordos e regras, converse com seus filhos e conheça aplicativos que eles usam”.

>>> Saiba mais

Alguns perigos 

I. Cyberbullying 

É A PRÁTICA de perseguição, humilhação, intimidação, agressão e difamação sistemática. Bullying por meio de ambientes virtuais, como redes sociais e aplicativos de mensagem.

II. Exposição a conteúdos inapropriados 

ACESSO OU EXPOSIÇÃO de crianças e adolescentes a conteúdos violentos, de natureza sexual ou que gerem ódio, sendo prejudicial ao seu desenvolvimento.

III. Grooming

É o ALICIAMENTO de menores pela internet visando benefícios sexuais. O abusador ganha a confiança da vítima para cometer atos ilícitos, como pedir fotos de nudez, por exemplo.

IV. Predadores virtuais

Predadores de todos os tipos, inclusive sexuais, podem entrar em contato facilmente com  as crianças e adolescentes  na internet. Esses predadores agem nas mídias sociais e em sites de jogos.

Às vezes, podem até se fazer passar por uma criança ou adolescente da mesma idade. Os predadores usam da fantasia, do lúdico, como um gancho para atrair as crianças.

V. Publicação de informações privadas

Sem supervisão e orientação,  as crianças podem divulgar  informações pessoais que não deveriam ser colocadas  publicamente. Isso varia de fotos de momentos constrangedores até seus endereços residenciais e rotina da família. 

VI. Phishing

Phishing é como os profissionais de cibersegurança chamam o uso de e-mails para induzir as pessoas a clicar em links ou anexos maliciosos com vírus que podem roubar dados do dispositivo.

Também pode  acontecer  com mensagens de texto maliciosas, que são chamadas de “smishing”.

VII. Desafios perigosos

Vários desafios perigosos  surgem todos os dias no universo on-line. Muitos desses  podem levar até à morte, como a roleta-russa e o desafio da baleia azul, entre outros.

VIII. Vício pela tecnologia

O excesso de telas e tecnologias  pode levar ao vício, fazendo crianças e adolescentes se afastarem das atividades escolares, sociais e físicas.

>>> Dicas 

Ensine boas práticas virtuais

- Aconselhe a criança a não clicar em links suspeitos,  que não sejam de contatos conhecidos,  e mesmo assim confirmados.  

- Converse sobre os perigos causados por estranhos,  o risco dele se passar por um colega ou conhecido com o objetivo de descobrir a localização geográfica quando seus pais estão fora, e outras informações pessoais que possam comprometer a segurança da criança.

- Ensine os menores a bloquear e informar os adultos quando virem ou vivenciarem qualquer situação incomum na internet. 

- Participe das atividades digitais das crianças como guia, estabelecendo regras básicas e fáceis de entender.

Fonte: Especialista consultado, Kaspersky e pesquisa AT. 

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