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Cidades

União melhora até rede de apoio entre vizinhos

Manter relações harmoniosas pode influenciar diretamente na qualidade de vida


Imagem ilustrativa da imagem União melhora até rede de apoio entre vizinhos
Renatta Ferreira, Cintia Piccinini, Luciana Fonseca, Lindonéia Alves e Verônica Ahnert se reúnem toda sexta-feira |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Construir boas relações com os vizinhos com pequenas gentilezas e conversas harmoniosas pode influenciar a qualidade de vida de todos os envolvidos, apontam especialistas. É que, em momentos de necessidade, a união entre os vizinhos fortalece, até mesmo, a rede de apoio.

Muitas vezes, por conta da proximidade, há maior contato com os vizinhos do que com familiares, destaca o psicólogo Vinícius Grassi. O especialista aponta que, desde que a boa relação com os vizinhos seja de mão dupla, é possível colher benefícios.

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“Manter uma boa relação com os vizinhos pode sim proporcionar benefícios para o bem-estar e a qualidade de vida. Alguns fatores podem estar associados ao sucesso de um relacionamento de longo prazo, como o respeito, a individualidade, o espaço para diálogo franco e a comunicação assertiva”.

Às sextas-feiras, a psicóloga Cintia Piccinini, 45, e outras amigas do condomínio, como a gestora financeira Lindonéia Alves, 58, a autônoma Renatta Aguiar, 43, a dona de casa Luciana Tomaz, 40, e a advogada Verônica do Rosário, 42, se reúnem para participar de um grupo de oração.

Elas contam que a convivência estreita os vínculos entre os vizinhos. Nas reuniões, todos têm a oportunidade de compartilhar vivências, desafios e felicidades em um ambiente livre de julgamentos.

Para Cintia, as vizinhas se tornaram verdadeiras amigas para todas as horas. Com o grupo, todas se fortalecem para enfrentar os desafios da vida, conta a psicóloga. Até vizinhos que já se mudaram do edifício continuam frequentando o grupo.

“Moro há pouco mais de oito anos aqui no edifício Jardim Hebrom e foi depois que as reuniões começaram que fui conhecer minhas vizinhas e desfrutar dessas amizades. Compartilhamos pedidos de oração e, com isso, fortalecemos nossa rede de apoio. Podemos contar umas com as outras. Até vizinhas que já se mudaram continuam vindo”.

O presidente do Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Espírito Santo (Sipces), Gedaias Freire, explica o papel do síndico na intervenção ao problema e aponta como a gestão humanizada de condomínios é importante para criar bem-estar entre os vizinhos.

“O síndico é um agente pacificador, deve primar pelo diálogo com os condôminos tentando resolver os conflitos ou apaziguar os ânimos. Precisamos fazer gestão das pessoas para que todos tenham respeito pelo próximo, adotem linguagem adequada e tom calmo e, acima de tudo, possam se colocar no lugar do outro”.

Celebrações

União da "família Paulina Arpini"

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|  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Os moradores do edifício Paulina Arpini, em Itapuã, em Vila Velha, irão realizar uma festa de confraternização do Dia das Crianças. Em datas comemorativas, os vizinhos costumam realizar celebrações.

A empresária Márcia Fiorio Checon, 53, junto à servidora pública Silvia Volkers, 41, à empresária Andreia Soneghet, 50, à dona de casa Ivonete Palauro Alves, 60, e a outros vizinhos, conta os benefícios da união entre eles para o bem-estar de todos.

“Costumamos nos referir ao condomínio como Família Paulina Arpini. Aqui, criamos laços fortes e verdadeiros. Somos muito unidos e nos ajudamos mutuamente. Já passamos por algumas situações muito delicadas e estávamos ali, apoiando quem precisava, ajudando da forma que podíamos”.


Obras sem aviso e barulho entre os motivos de brigas

Não faltam conflitos de convivência nos condomínios, mas, alguns deles, se propagam em diferentes espaços. Na Grande Vitória, as obras sem aviso e com fortes ruídos são o principal motivo das brigas entre vizinhos nos condomínios, aponta especialista.

A informação é do Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Espírito Santo (Sipces). Entre as medidas possíveis para os condomínios evitarem esse tipo de descumprimento, está a divulgação, de forma educativa, de todas as regras do espaço, diz o presidente do Sipces, Gedaias Freire.

“Os condomínios podem divulgar as regras internas do condomínio para melhorar o cumprimento destas normas. É preciso estabelecer canais de comunicação claros e abertos, incluindo boletins informativos, criação de grupos de mensagens, com regras claras, para evitar poluição na comunicação e perda do objetivo”.

Outras brigas comuns acontecem por infiltrações nas unidades inferiores, festas e conversas em tons elevados, uso irregular das vagas de garagens, circulação com animais soltos nas áreas comuns e a falta de pagamento do rateio das despesas do condomínio, de acordo com o Sipces.


Causas das discussões

Obras sem aviso
Realizar reparos ou obras sem avisar ao condomínio é o principal motivo de briga nos condomínios da Grande Vitória.

Infiltrações
As brigas por conta de infiltrações em apartamentos inferiores estão entre as mais comuns entre os vizinhos.

Festas
Organizar festas com sol alto ou, até mesmo, ter conversas em tom elevado são motivos frequentes de reclamação e de briga entre os vizinhos.

Vagas de garagens
O uso irregular das vagas de garagens é apontado como um motivo relevante entre as brigas em condomínios. Estacionar veículo em local inadequado ou ocupar o espaço de outro condômino são exemplos.

Áreas comuns
O uso abusivo de áreas comuns no prédio desrespeita regras preestabelecidas entre os vizinhos. É importante que os moradores busquem conhecer as regras de utilização de cada condomínio.

Fonte: Sindicato Patronal de Condomínios e Empresas de Administração de Condomínios do Espírito Santo (Sipces).


Análise

"Relação com vizinhos traz mais benefícios do que malefícios"

Imagem ilustrativa da imagem União melhora até rede de apoio entre vizinhos
Gerson Abarca, psicólogo |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

“Estar conectado com vizinhos de moradia é de fundamental importância para a percepção de se pertencer a uma comunidade, seja em condomínios fechados, seja em bairros loteados ou seja em comunidades periféricas.

O ser humano não se basta apenas na família. Quando a família se fecha nos parentes, gera uma perda de referência de apoio e se vê isolada, dando a sensação de insegurança ao indivíduo.

Assim, o valor de se cultivar boas relações com os vizinhos pode colaborar em trocas de amizades, percepção de que outras famílias somam com a sua. Ter esse sentimento de apoio e troca, onde um possa contar com o outro em situações emergenciais, de suporte e até de lazer, é essencial.

Mesmo que para muitos a relação com os vizinhos possa representar fofocas ou intrigas, no âmbito da coletividade, ela traz mais benefícios do que malefícios.”

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