Tratamentos contra exageros da harmonização facial
A ex-dançarina Scheila Carvalho passou por procedimento para retirar produto de seu rosto. Especialistas explicam o procedimento
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Com o aumento de procedimentos estéticos nos últimos anos, houve também um crescimento dos excessos, principalmente, da harmonização facial. Por conta disso, tratamentos corretivos têm ganhado destaque entre aqueles que desejam suavizar os traços artificiais e recuperar a harmonia facial natural.
Recentemente, a ex-dançarina Scheila Carvalho, de 50 anos, compartilhou nas suas redes sociais que passou por procedimento para retirar o ácido hialurônico de seu rosto.
O objetivo era, segundo ela, “recuperar a naturalidade do olhar” e ter traços mais naturais.
“Olha só, como meu olhar abriu! Recuperar a naturalidade do meu olhar e do meu sorriso foi a melhor sensação”, afirmou.
O ácido hialurônico é uma das principais substâncias usadas na harmonização facial. O número de procedimentos com o produto mais que dobrou (aumento de 120%) entre 2015 e o ano passado. De 195.030, passou para 429.391, conforme dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps).
A dermatologista Oliete Guerra destaca que a principal queixa para a retirada do produto da face é a mudança de fisionomia. “Normalmente é muito material colocado, 14 a 15 seringas, por exemplo”.
A retirada só é possível, segundo a médica, quando a harmonização é feita com ácido hialurônico, substância presente no corpo humano. “Usamos a enzima hialuronidase para remover o produto da face. Porém, se a quantidade for muito grande, isso não é rápido”, destaca Oliete.
De acordo com a dermatologista Karina Mazzini, a hialuronidase dilui o ácido hialurônico, precisando, muitas vezes, de várias aplicações. “Se o produto utilizado no rosto for o ácido hialurônico, com o tempo, mesmo sem a retirada, ele será absorvido pelo corpo, quando é pouca quantidade. Agora, se for muita quantidade, ele demora mais para ser absorvido”.
Karina ressalta, porém, que se houver a mistura de ácido hialurônico com outras substâncias, como ácido polilático e hidroxiapatita de cálcio, a retirada é mais difícil. “Se o preenchimento foi feito com PMMA, nunca será absorvido pelo organismo”, alerta.
Para a remoção do produto, a dermatologista Alessandra de Melo explica que é feito um histórico alérgico dos pacientes. “O único risco é de alergias, mas um médico capacitado consegue identificar. O ideal é fazer a retirada com o ultrassom guiado”.
Saiba mais
Remoção
O preenchimento com ácido hialurônico pode ser desfeito com o hialuronidase, uma enzina que quebra as moléculas aplicadas.
A remoção pode ser lenta se houver grandes quantidades de ácido hialurônico no rosto.
O Ácido hialurônico é absorvido pelo corpo ao longo do tempo, mas em grandes quantidades, a absorção é mais lenta.
Aplicações
Podem ser necessárias várias aplicações da enzima para retirar o produto.
O histórico detalhado do paciente antes da remoção é importante para evitar alergias durante a aplicação da enzima.
Mistura
A mistura de ácido hialurônico com ácido polilático ou hidroxiapatita de cálcio dificulta a remoção.
Se a harmonização foi feita com polimetilmetacrilato (PMMA), a remoção é feita, quando possível, apenas com cirurgia.
Fonte: Especialistas consultados.
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