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Cidades

Agravamento da seca pode ampliar medidas de uso racional da água no ES

Por causa da falta de chuva, governo avalia implementar medidas mais restritivas para garantir o uso racional de água


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Imagem ilustrativa da imagem Agravamento da seca pode ampliar medidas de uso racional da água no ES
Em Cachoeiro, a bacia hidrográfica do Rio Itapemirim perde espaço para bancos de areia: vazão é de 23,6 metros cúbicos por segundo, 40% do esperado para o período |  Foto: Clóvis Rangel

O agravamento da seca no País pode trazer novas consequências para o território capixaba. Ainda no mês de setembro, o Espírito Santo deve declarar o Estado de Alerta para a Seca e, com a mudança desta classificação, que hoje está no nível de Atenção, o governo pode implementar as primeiras medidas restritivas para garantir o uso racional de água — impactando setores como a agricultura e a indústria.

A informação é do diretor-presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), Fábio Ahnert. Segundo ele, a medida, que marcaria a transição de recomendações para ações obrigatórias, pode ser necessária para garantir que não falte água para a população em geral.

“O Estado de Atenção trouxe uma série de recomendações na direção de uso racional da água e utilização com a maior economia possível. Se o quadro de seca se agravar, a gente pode editar uma medida de grau maior, de Estado de Alerta. E então teríamos a obrigação de alguns esforços restritivos, ou seja, os grandes setores usuários de água aqui no Estado, como a indústria, o setor da agricultura e o de geração de energia elétrica, teriam de reduzir a quantidade de água captada para que a gente não tenha falta de água para as pessoas”, explicou.

Segundo dados do Monitor de Secas referentes ao mês de julho, houve uma piora no cenário da seca no Estado, que passou de fraca para moderada no centro Norte e no Sul capixaba. Em Cachoeiro, o Rio Itapemirim é o retrato deste agravamento: com uma vazão de 23,6 metros cúbicos por segundo, 40% do esperado para o período, a bacia hidrográfica perde espaço para bancos de areia — ilustrando o avanço da escassez hídrica.

O cenário se repete quando analisadas as bacias hidrográficas que abastecem a Grande Vitória. No Rio Jucu, na última terça-feira, foi registrada uma vazão de 8.611 litros por segundo, enquanto o esperado para o período é de 11.701 litros por segundo.

O valor também está abaixo da média no Rio Santa Maria da Vitória, que registrou vazão de 3.683 litros por segundo, cerca de 63,6% da média.

Neste momento, todos os municípios capixabas se enquadram em algum nível de seca, sendo 28 deles na categoria “fraca” e outros 50 na categoria de “moderada”.

Segundo a equipe de trabalho que monitora a situação, a chuva pode voltar ao Estado somente na segunda metade de outubro. “ Não vai haver uma reversão desse quadro, mas pode ser que ele seja amenizado”, completa o diretor da Agerh.

Saiba mais

Pior desde 1950

O Brasil enfrenta a pior seca já registrada desde o início da atual série histórica, em 1950.

Segundo um índice que mede as quantidades de água da chuva e da evapotranspiração de plantas, o momento atual supera as estiagens de 1998 e de 2015/2016.

É o que apontam dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) divulgados quarta-feira.

O problema de seca neste ano se estende por 5 milhões de quilômetros quadrados - 58% do território nacional e 500 mil a mais do que em 2015.

Como os dados do Cemadem vão até 1950, não estão incluídas na comparação algumas secas importantes do País, como a registrada no fim da década de 1870 e que deixou centenas de milhares de mortos.

Ainda que os dados de 2024 cheguem até a abril, os baixos níveis de chuva e o estresse na vegetação, fator de risco também para incêndios, mostram que o Brasil está num caminho de anos cada vez mais secos, segundo o instituto.

A situação tende a se estender, porque as chuva devem atrasar, com chance de intensificação da seca em toda a região central e no Norte do país, segundo o centro. Nas últimas 24 horas, segundo o Serviço Geológico do Brasil, o nível do rio Negro em Manaus caiu 25 cm, assim como o do Solimões em Manacapuru (AM).

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