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Cidades

Tratamento criado em Israel é usado em pacientes no ES

Trazida para o Brasil há 1 ano, Neurorregulação Acelerada é feita com injeções na UTI para curar pessoas dependentes em opioide


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Imagem ilustrativa da imagem Tratamento criado em Israel é usado em pacientes no ES
O militar Ademilson Ramos começou a fazer o uso de opioides por ordem médica, mas fez tratamento e está curado |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

O vício em remédio contra a dor é uma realidade no Brasil e faz capixabas buscarem ajuda para acabar com a dependência. Um dos métodos procurados é o de neurorregulação acelerada, que foi criado em Israel.

Isso é o que contaram profissionais do centro médico ANR (sigla em inglês para Neurorregulação Acelerada), localizado em Goiás, especializado no tratamento contra a dependência de opioides (remédios utilizados para aliviar a dor). 

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O local começou a oferecer, pioneiramente no País, o tratamento em junho do ano passado e já recebeu pacientes ao redor do Brasil, inclusive do Espírito Santo.

Hélio Vilaça, médico clínico do centro médico ANR, afirmou que o método tem o objetivo de fazer uma regulação do organismo da pessoa com o vício. 

Quando ela está em dependência de remédios, a endorfina não é produzida corretamente, enquanto os receptores desse hormônio ficam em número alto. 

“Para eliminar a dependência, bloqueamos alguns receptores e damos a oportunidade de a endorfina ser produzida novamente”.

A regulação é realizada por meio de medicamentos que são injetados no paciente. Francisco Baía, médico anestesista do ANR, explicou sobre o procedimento. 

“O tratamento é feito dentro da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com uma duração de quatro a seis horas. O paciente dorme durante o processo, não sente dor e não tem desconforto. Fazemos a regulação neuroacelerada nele usando drogas antagonistas dos analgésicos”. 

Assim que sai da UTI, o paciente já é considerado tratado, sem ter crise de abstinência e vontade de usar o remédio. É previsto que, após 48 horas depois do tratamento, a endorfina  volte ao normal. 

Uma das pessoas que passou pelo processo foi o militar reformado do Exército, Ademilson Ramos, de 53 anos. Ele começou a fazer o uso de opioides por ordem médica em 2017 e ficou dependente. 

“Tentava parar sozinho e não conseguia. Quando não tomava, eu não tinha disposição para nada. Descobri o tratamento, fiz e hoje estou curado”.

O médico Hélio Vilaça explicou que a neurorregulação acelerada foi desenvolvida há 30 anos em Israel pelo médico brasileiro-israelense André Waismann quando ele servia no Exército do país. “O método veio para o Brasil após André perceber o aumento no caso de pessoas com esta dependência”.

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O vício

É causado pelo uso incorreto de analgésicos opioides – remédios para amenizar a dor. Pode haver casos de prescrição errada dos médicos, de acordo com os profissionais. 

Alguns tipos de opioides: codeína, tramadol, morfina, metadona e fentanil (o risco desta última  causar overdose é maior que crack e cocaína). 

Quando a pessoa fica dependente, tem os seguintes sintomas: tremores, taquicardia, diarreia, crise de ansiedade, pensamentos suicidas, entre outros. 

De acordo com médicos consultados, está aumentando o número de pessoas no Brasil que possuem dependência nesses fármacos.

Reação no corpo 

Os analgésicos opioides agem em receptores da endorfina. 

A endorfina é um neurorregulador produzido pelo organismo naturalmente. Os opioides têm estrutura química parecida com a endorfina e ocupam o mesmo lugar nos receptores. Assim, o organismo entende que há a produção de graça de endorfina e para de produzi-la, e também começa a multiplicar os receptores.

O objetivo do tratamento é bloquear alguns receptores de endorfina e dar a oportunidade de a endorfina ser produzida novamente. 

O tratamento 

Começou a ser oferecido em junho do ano passado pelo centro médico ANR (sigla em inglês de Neurorregulação Acelerada), localizado em Goiânia, Goiás, especializado no tratamento contra a dependência em opioides. Os pacientes interessados passam por uma avaliação clínica do ANR por teleconsulta. 

O médico André Waismann, que desenvolveu a neurorregulação acelerada, passa as diretrizes do tratamento para cada paciente. Este recebe as orientações e vai para Goiânia fazer o tratamento. 

Neurorregulação Acelerada

É um método criado há 30 anos em Israel pelo médico brasileiro-israelense André Waismann. Este começou a desenvolvê-lo quando servia ao Exército do país e tinha de lidar com pessoas viciadas em drogas baseadas em opiáceos (do ópio).

Além do Brasil e Israel, o método é utilizado em outros países como Estados Unidos e Suíça. Mais de 24 mil pessoas foram tratadas no mundo. 

Fonte: Médicos consultados.

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