Transcol já está em “estado de greve”
Protestos e passeatas de um terminal rodoviário da Grande Vitória a outro não estão descartados, segundo o presidente do Sindirodoviários-ES
Ônibus já circulam na Grande Vitória com aviso de “estado de greve” como alerta para a paralisação prevista para as primeiras horas da próxima terça-feira. Veículos do Sistema Transcol foram vistos circulando com um papel vermelho adesivado no vidro da frente, enquanto transportavam passageiros.
No edital de greve, publicado ontem, Marquinhos Jiló, presidente do Sindirodoviários-ES, afirma que “durante a paralisação, será mantida a circulação de 30% da frota programada para operação e os serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis dos usuários, bem como serão respeitados os direitos e garantias fundamentais da coletividade”.
A decisão sobre a paralisação foi tomada por unanimidade. Protestos e passeatas de um terminal rodoviário da Grande Vitória a outro não estão descartados até o início da greve, afirmou Marquinhos.
“O negócio é resolver essa situação. Não é nossa intenção fazer essa paralisação, mas, infelizmente, precisamos olhar para as necessidades dos nossos trabalhadores. Estamos com falta de motoristas, ninguém quer mais trabalhar no Sistema Transcol”, disse Marquinhos na última quinta-feira.
O sindicato afirma que desde setembro tenta negociação para reajuste salarial com a classe patronal que, segundo a categoria, “limitou-se a oferecer apenas a correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com reajuste de 4,49%, e manutenção das demais cláusulas”.
“A classe patronal não deu justificativa para a resposta. Queremos reajuste de 10% do salário, que hoje gira em torno de R$ 2.326, aumento no tíquete-alimentação, de mais ou menos R$ 1.200, e redução na carga horária para seis horas diárias”, explicou o presidente do Sindirodoviários-ES.
A categoria destaca, dentre os motivos para exigir as demandas apresentadas, jornadas de trabalho exaustivas, exposição à violência dentro dos veículos e no trânsito e pressão constante devido à insatisfação dos usuários com o sistema.
Procurada, a GVBus, sindicato que representa as empresas privadas que operam a frota de ônibus do Sistema Transcol, informou que não vai se manifestar sobre o assunto no momento.
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