Tecnologia para solucionar problemas do dia a dia
Alunos de escola pública do Estado aprendem na disciplina Educação Maker a encontrar soluções através da robótica
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A tecnologia assume protagonismo como abordagem de diversas áreas do conhecimento nas salas de aula. Tanto que adolescentes de uma escola pública estadual encontram nos projetos tecnológicos um caminho para aprimorar habilidades e ajudar na solução de problemas do dia a dia.
Na disciplina eletiva Educação Maker, que aborda os conhecimentos de robótica, 28 estudantes do Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Tempo Integral Pastor de Oliveira Araújo, em Vila Velha, simulam, por exemplo, mudanças tecnológicas para melhorar o fluxo de trânsito, além de outros projetos.
Os estudantes Thiago Birchler Fonsceca, de 15 anos, e Alam Hebert, de 17 anos, são alguns dos participantes coordenados pelo professor de Matemática e Instrumentação e Automação Wagner Nascimento.
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O professor explica que as aulas que envolvem robótica se integram à realidade social e, por isso, os alunos constroem uma visão crítica dos problemas para, dessa forma, buscar soluções.
“Com a tecnologia, tornamos as atividades mais interessantes para eles. Nosso objetivo é estimular a compreensão da matemática computacional e favorecer o desenvolvimento do raciocínio lógico. Todos os projetos ajudam na resolução de problemas reais”.
O diretor da escola, Marcelo Antunes, aponta que a abordagem da disciplina eletiva estimula o desenvolvimento do raciocínio e do pensamento lógico nos alunos.
“A robótica traz uma pegada da linguagem atual dos nossos estudantes e promove o desenvolvimento de habilidades e competências como o raciocínio lógico, a formulação e teste de hipóteses, as relações interpessoais e a resolução de problemas por meio de erros e acertos”, ressalta.
Ainda que a robótica pareça uma área inacessível, o professor do Departamento de Informática da Ufes André Pacheco garante que, com a ampliação da área na educação básica, os estudantes se tornam capazes de desenvolver habilidades.
“Quando a escola promove o ensino de robótica, ela oferece aos alunos a oportunidade de se engajarem em uma área relevante. Os conhecimentos da robótica são muito oportunos. Os alunos aprendem, principalmente, a pensar de forma crítica para resolver problemas”, explica.
OPINIÕES
"Queremos ampliar a compreensão da matemática computacional e favorecer o raciocínio lógico. Os alunos levam o conhecimento trabalhado para o dia a dia”, Wagner Nascimento, professor.
"Quando a escola promove o ensino de robótica, ela oferece aos alunos a oportunidade de se engajarem em uma área relevante. Os conhecimentos da robótica são muito oportunos para toda a vida”, André pacheco, professor do departamento de Informática da Ufes.
Robótica sustentável
Com o projeto “Robótica Sustentável”, alunos da professora de História Andressa Paula de Oliveira, da Escola Municipal de Ensino Fundamental em Tempo Integral (Emef TI) Izaura Marques da Silva, em Andorinhas, em Vitória, utilizam material reciclável para a produção de itens do dia a dia.
Os estudantes Joanderson Rocha Reis, Jhonatan Pitangui dos Santos, Rafael da Silva Werneck, Monyque Rosa da Silva e Yngrid Rosa dos Santos já produziram, por exemplo, foguetes de garrafa pet, conta a professora.
Para Andressa Paula, os projetos científicos são uma oportunidade de ensinar tecnologia e, ao mesmo tempo, promover a interação entre a escola e a comunidade.
“Conseguimos trabalhar várias noções. Quando converso com as famílias dos alunos, percebo que eles levam o conhecimento para casa. A ideia é valorizar a ciência e melhorar nossa experiência no mundo”, observa.
Habilidades de programação
Utilizando a metodologia ativa de aprendizagem, a professora de Ciências Elizabeth Santos de Oliveira, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Padre Anchieta, na Ilha de Santa Maria, em Vitória, trabalha um projeto de programação visual em blocos, utilizada, por exemplo, para a criação de jogos e de apresentações.
Para a professora, além do contato com a pesquisa científica, os alunos participantes, como Guilherme Lacerda, Miguel Santos da Cruz, Emmanuel Leocadio Lobato da Silva, Natally Cristielly e Lara da Silva Assis, desenvolvem diversas habilidades. “O objetivo é capacitá-los para aprender conceitos tecnológicos essenciais e para criar soluções inovadoras”.
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