X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Educação

Unesco alerta para riscos do uso de celular em sala de aula

Segundo o relatório divulgado pela organização, 1 em cada 4 países já proibiu ou restringiu o uso de celulares dentro das salas de aula


Imagem ilustrativa da imagem Unesco alerta para riscos do uso de celular em sala de aula
A Unesco ainda destaca que não existem evidências científicas suficientes para comprovar os benefícios do uso da tecnologia digital na educação |  Foto: Reprodução/Canva

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) alertou em relatório, divulgado nesta quarta-feira (26), sobre os impactos negativos do uso de celulares em sala de aula na aprendizagem e concentração dos estudantes.

O Relatório Global de Monitoramento da Educação 2023 da Unesco, intitulado "A tecnologia na educação, uma ferramenta a serviço de quem?", destaca ainda que o uso de equipamentos eletrônicos dentro das salas de aula atrapalha a gestão dos professores com as turmas.

Leia mais notícias de Educação aqui

"O uso da tecnologia pelos estudantes em salas de aula e em casa pode ser uma distração, prejudicando a aprendizagem", diz o documento.

A Unesco também identificou que 1 em cada 4 países já proibiu ou restringiu o uso de celulares dentro das salas de aula.

"Estudos usando dados do Pisa [sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes] indicam uma associação negativa entre o uso das tecnologias e o desempenho dos estudantes", diz o relatório.

"Os professores entendem o uso de tablets e telefones como algo que prejudica a gestão em sala de aula. Um em cada três professores concorda que o uso das tecnologias em sala de aula distrai os estudantes", continua.

Também há um alerta de que o uso de aparelhos tecnológicos em sala pode aprofundar as desigualdades educacionais. Não apenas por questões financeiras ou de acesso à internet e equipamentos, mas também entre estudantes com as mesmas condições socioeconômicas.

"A aprendizagem online se apoia na habilidade do estudante de se regular e pode colocar os estudantes com menor desempenho e os mais novos em risco cada vez maior de abandono escolar", diz.

Entre os países que anunciaram a proibição estão Espanha, Portugal, Finlândia, Holanda, Suíça e México. Na França também há proibição, mas é prevista exceção da regra para alguns grupos de alunos, como os com deficiência, para os quais a tecnologia pode ser aliada ao aprendizado.

No Brasil, não há lei nacional que proíba o uso de celulares e equipamentos digitais nas escolas. Inclusive, após a pandemia, diversos estados e municípios passaram a incentivar (e até exigir) o uso de tecnologias digitais em suas escolas.

É o caso da rede estadual de São Paulo, em que os professores foram orientados a pedir que os alunos façam redação online, exercícios em aplicativos e usem material digitalizado.

A Unesco ainda destaca que não existem evidências científicas suficientes para comprovar os benefícios do uso da tecnologia digital na educação. E alerta que os investimentos nessa área podem estar tomando o recurso de ações mais efetivas para a melhoria do ensino.

"A atenção excessiva à tecnologia geralmente tem um alto custo. Recursos despendidos em tecnologia, em vez de em sala de aula, professores e livros didáticos para crianças em países de renda baixa a média baixa, que não têm acesso a esses recursos, provavelmente colocarão o mundo em uma posição ainda mais distante de alcançar o objetivo mundial de educação", diz o relatório.

Segundo o documento, os produtos de tecnologia evoluem tão rápido (são trocados, em média, a cada 36 meses) que dificulta a avaliação do impacto no aprendizado. Além disso, destaca que a maior parte dos estudos são conduzidos pelas próprias empresas de tecnologia.

"Boa parte das evidências são produzidas pelos que estão tentando vendê-las. A Pearson financiou seus próprios estudos e contestou uma análise independente que demonstrava que seus produtos não tinham impacto algum", destaca o relatório.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: