X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Solidão é o maior medo de quem tem mais de 60 anos

Especialista explica que principal razão para essa preocupação é não ter quem cuide do idoso no momento em que for preciso


Imagem ilustrativa da imagem Solidão é o maior medo de quem tem mais de 60 anos
A solidão não assusta a aposentada Joselia Trindade, 67. Para ela, o receio da terceira idade é ter de depender de alguém. E, por isso, ela faz o que pode para se manter ativa e ter um envelhecimento o mais saudável possível. “O envelhecimento é um processo que faz parte de nosso desenvolvimento e precisa ser planejado com responsabilidade para evitar perdas funcionais, cognitivas, sociais e financeiras. Penso no processo de envelhecimento na perspectiva de saúde, atividade, aprendizagem, satisfação pessoal”. |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Envelhecer é uma jornada que traz novas vivências, mas também pode trazer inquietações. Um levantamento feito pela Empresa Júnior da Universidade Vila Velha (Ejuvv) em parceria com o jornal A Tribuna  aponta que  a solidão é um dos principais medos de quem tem mais de 60 anos

Dos entrevistados, 63,6% deles contaram que têm medo de  ficar sozinhos, sem apoio ou amigos. Em seguida, o medo de doenças graves  (27,3%), à frente do medo da morte (5,9%) e o medo de ficar sem dinheiro (3,2%).

Leia mais sobre Cidades

“Creio que a principal razão para o medo da solidão é não ter quem cuide no momento em que for preciso. A probabilidade de doenças e incapacidades é alta na velhice avançada. E essa expectativa pode gerar muita insegurança e medo”, comenta a psicóloga  Hilma Khoury, presidente do departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) no Pará.

Para o coordenador da pesquisa e professor da UVV Fabrício Azevedo,  o medo da solidão chama atenção no resultado.

“Percebemos com os resultados da pesquisa   que os idosos  têm o apoio da família, sentem que têm assistência, mas ainda há um grande receio sobre o futuro. Podemos perceber que muito necessitam de cuidados com a saúde e isso traz a apreensão de ter que depender de alguém no futuro”.  

Apesar do medo, ficar sozinho é uma realidade na terceira idade, salienta a geriatra  Ronny Roselly Domingos,  especialista em envelhecimento ativo. 

“Estamos vivendo mais e os núcleos familiares estão menores. Por isso, essa é uma realidade para os idosos. Viver muito é lidar com essas perdas ao longo da vida. Então existe um medo real dos pacientes idosos”,  ressalta a médica, que é  membro da SBGG.

Mas é preciso ter cuidado com a solidão nessa idade,  alerta a assistente social Monique Simões Cordeiro, co-coordenadora e assistente social da Universidade Aberta à Pessoa Idosa da Ufes. “A solidão pode ocasionar impactos na qualidade de vida da pessoa idosa e também provocar problemas físicos e mentais, como ansiedade, depressão e doenças cardíacas”.

Por isso, o médico e psicólogo Roberto Debski propõe a mudança de olhar para os momentos sozinhos. “Se houver  um novo olhar, estas pessoas podem aprender que estar só pode ser uma experiência muito positiva. Ficar por períodos sozinho é uma oportunidade para o autoconhecimento”.


Pesquisa

Metodologia 

Elaborada em parceria entre a Empresa Júnior da UVV e o jornal A Tribuna, a pesquisa foi feita entre os dias 14 e 17 de agosto de 2023, pela internet, com 187 pessoas.

Os entrevistados têm idade entre 60 e 75 anos, sendo que a maioria tem entre 66 e 70 anos (44,4%)  e  de 71 a 75 (38,5). Foram ainda 11,2% acima de 75 anos e 5,9% entre 60 e 65 anos.

Medos

- 63,6% tem medo da solidão;

- 27,3% tem medo de doenças graves;

- 5,9% tem medo da morte;

- 3,2% tem medo de ficar sem dinheiro.

Para não se sentir sozinho...

- 50,3% recebe a família em casa toda semana; 

- 18,7% faz festa com os amigos  toda semana; 

- 16% frequenta atividades para terceira idade pelo menos uma vez na semana;

- 8% faz amigos na internet;

- 3,7% encontra  com os amigos para uma conversa;

- 3,2% viaja com frequência.

Como se sente me relação a envelhecer? 

- 54% tem um pouco de medo sobre o futuro;

- 25% está  bem com a situação;

- 13,9% está apavorado em envelhecer; 

- 6,4% acha um pouco assustador envelhecer.

Preparação para o envelhecimento saudável

- 88,8% vai ao médico pelo menos duas vezes ao ano;

- 79,1% faz  exercícios pelo menos três vezes por semana;

- 63,6% tem uma alimentação saudável;

- 36,4% tem  encontros animados com os amigos e familiares;

- 3,2% guarda dinheiro.

Expectativa para o futuro

- 71,1% quer curtir a família e os netos;

- 11,2% quer viajar bastante, conhecer novos lugares; 

 - 11,2% quer trabalhar com o que gosta/ abrir  negócio próprio;

 - 6,4% quer viver tranquilo.

Doenças crônicas

- 92,5% tem diabetes;

- 82,9% tem hipertensão;

- 12,8% tem catarata;

- 9,1% tem osteoporose;

- 8% não tem nenhuma doença; 

- 5,9% tem osteoartrite; 

- 9,6% tem outras doenças crônicas.

Como está a saúde?

- 94,7% faz uso de medicamentos;

- 74,9% não se considera saudável.

Imagem ilustrativa da imagem Solidão é o maior medo de quem tem mais de 60 anos
"Vemos que os idosos buscam a relação com amigos e família, mas têm muitas incertezas em relação ao futuro, o que traz preocupação”, afirma Fabrício Azevedo, coordenador da pesquisa e professor |  Foto: Arquivo/AT

Desabafo

Demência

Imagem ilustrativa da imagem Solidão é o maior medo de quem tem mais de 60 anos
Emma Heming e Bruce Willis |  Foto: © Divulgação

A atriz Emma Heming, 45,  casada com o ator Bruce Willis, 68 anos, fez um desabafo na última semana sobre como é ser cuidadora do ator, que sofre de demência frontotemporal (DFT), que é degenerativa e afeta, principalmente,  idosos “jovens”. 

“Não quero que pareça que estou bem, porque não estou. Quando não estamos cuidando de nós mesmos, não conseguimos cuidar de quem a gente ama. Estou fazendo o melhor”.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: