“Saúde deve vir sempre em primeiro lugar”, diz advogada
Advogada Livia Marcia teve direito a uma festa organizada por amigos e familiares para celebrar o fim do tratamento de quimioterapia
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“Aprendi, durante este processo, que não temos controle de nada, temos de viver o hoje. É viver a vida de uma forma mais leve e positiva. A ordem da vida deve ser saúde, família e trabalho. Saúde em primeiro lugar”.
Depois de uma jornada que se iniciou em agosto do ano passado, a advogada Livia Marcia Nascimento, de 34 anos, pôde comemorar ontem, ao lado da família e dos amigos, o fim do tratamento de quimioterapia, após 16 sessões.
A descoberta da doença teve início em maio de 2023. Ao deitar para assistir a uma série no celular, a advogada sentiu um nódulo em sua mama, que em junho foi confirmado como câncer.
“Eu não sou mais a Livia de antes. Agora tenho a sensação de poder viver livremente, sem medo. Quando a gente passa por um câncer, enfrentamos qualquer coisa”.
A reportagem A Tribuna conversou com Livia, em outubro do ano passado, quando ela estava com pouco mais de dois meses de tratamento. Livia afirma que, apesar de todo o otimismo, no início teve medo.
“No começo da quimioterapia eu estava insegura, achando que meu corpo não ia aguentar, mas, graças a Deus, não tive uma febre, apenas reações leves. Claro que, quando recebi o diagnóstico, parecia uma sentença de morte. Mas aprendi que tinha de enfrentar. Era enfrentar ou enfrentar!”
Os próximos passados, segundo a advogada, devem ser dados no fim de fevereiro, quando ela deverá ser submetida a cirurgia de retirada de parte da mama, apenas no local onde o tumor estava localizado.
“Estou fazendo exames pré-operatórios. Não vou tirar a mama toda. O médico me disse que não sente mais a lesão, apenas a fibrose da cicatrização, mas ainda assim terei de enviar o material para a biópsia, depois vamos avaliar quantas sessões de radioterapia terei de fazer. Mas me considero vitoriosa e curada”.
Segundo Livia, encerrar as sessões de quimioterapia é uma “grande alívio”. “Agora terei mais liberdade para trabalhar e viver. Durante esse processo a gente se priva muito, não podemos fazer qualquer coisa. Por exemplo, não posso pegar sol, por conta da medicação. Tem várias limitações”.
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Doença é rara antes dos 35 anos
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. O câncer de mama responde, atualmente, por cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nas nações em desenvolvimento.
Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.
Fonte: Ministério da Saúde.
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