Robôs vão combater vazamentos em rede de abastecimento de água no ES
Sistema operado por inteligência artificial pode reparar a tubulação de uma área inteira em poucas horas
Escute essa reportagem
Uma nova tecnologia chegou ao Espírito Santo para ajudar no combate aos vazamentos de água nas tubulações de água potável e de esgoto da Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan). O anúncio da contratação da empresa responsável pelo trabalho foi feio nesta quinta-feira (10) pelo Governador Casagrande, durante uma demonstração de como funcionará o sistema.
“Estamos dando ordem de serviço a partir deste momento para a substituição ou o revestimento de tubulações que estão com vazamento na região metropolitana, sem transtorno e sem incômodo de obras na pista, que causariam desvios no trânsito. São 150 km de substituição ou revestimento da rede na região metropolitana, incluindo Guarapari e Fundão”.
É que a empresa contratada, a Associação Brasileira Tecnologia Não Destrutiva (Abratt), emprega a utilização de um robô com inteligência artificial para fazer os reparos. O Presidente da Cesan, Munir Abud, explica que o método não destrutivo faz com que as obras sejam feitas sem causar transtornos ou desvios nas pistas.
“Além de não causar transtornos no trânsito, temos também o ganho financeiro. Quando recuperamos uma tubulação com vazamento, é mais receita para a companhia e mais água para a população. Esse robô com inteligência artificial empregado no processo identifica o buraco na tubulação com vazamento e posteriormente auxilia no reparo. Vamos começar os serviços já na semana que vem, com as avenidas Leitão da Silva e Vitória, por terem redes antigas, e apresentarem, com mais frequência, problemas de vazamentos. Vamos começar pelos piores problemas enfrentados hoje”.
Hélio Rosas, presidente da Abratt, ressalta que, desse modo, é possível recuperar uma tubulação existente. “Por meio de dois acessos, insere-se uma manta estrutural que gruda na parede interna da tubulação. Posteriormente, o robô com luz ultravioleta passa por dentro endurecendo a manta, formando um novo tubo dentro do tubo existente”, explica.
Além da inexistência de transtornos, como desvios no trânsito ou interdições, o sistema pode reparar a tubulação de uma área inteira em poucas horas. “Em 100 metros, em uma tubulação grande, levaríamos cerca de duas horas para fazer a reparação completa", completou o presidente.
Comentários