Reparos na estrutura do Terminal de Itaparica vão custar R$ 2,5 milhões
Desde 2021, esta é a quinta vez que ocorrem danos na cobertura do local
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Após as fortes chuvas que atingiram o Espírito Santo em janeiro, o Terminal de Itaparica, em Vila Velha, passará por novos reparos na sua estrutura. O serviço, que começa nesta semana e deve durar 90 dias, custará R$ 2,5 milhões — valor que será destinado pela Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES).
Este é, ao menos, o quinto episódio de um dano significativo na estrutura do terminal. A obra foi entregue em 2021 e, desde então, a cobertura do local já se rompeu três vezes.
“Em todos esses momentos, o Crea-ES fiscalizou, vistoriou e orientou os responsáveis para a necessidade de uma solução definitiva visando a segurança dos frequentadores do espaço. No entanto, nos primeiros dois meses de 2024, a estrutura voltou a ceder por causa das chuvas, rompendo e provocando vazamentos e alagamentos no piso”, afirmou o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES), o engenheiro Jorge Silva.
O terminal passou por uma vistoria técnica nesta segunda-feira (19), realizada por equipes do Crea-ES e pela Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa (Ales).
Segundo o Conselho, na vistoria foram identificadas danos na cobertura do local, diversos pontos cobertos de maneira paliativa, com utilização de cola e adesivo, e rasgos de mais de 3 metros de comprimento.
“Os locais onde já haviam sido feitas manutenções, próximos dos reparos da manta, foram novamente danificados. Há uma empresa trabalhando no local. Solicitaremos ao órgão responsável uma cópia do laudo que está sendo elaborado, os nomes e as Anotações de Responsabilidade Técnica dos responsáveis. Vamos apurar também se houve manutenção preventiva periódica e se, por ventura, ocorreram falhas nessas manutenções”, afirmou o engenheiro civil, ambiental e de segurança do trabalho Giuliano Battisti.
Em nota, o Crea-ES declarou que, caso a estrutura atual do terminal seja mantida, o local deverá receber um sistema de monitoramento constante. “Se a opção dos gestores públicos (...) for de manter essa estrutura (...) vai ter que ser feita uma manutenção periódica e acompanhada de uma vistoria constante, porque, se não for feito assim, pelo que está acontecendo, de qualquer tipo de chuva, insolação, vento (...) se isso está sendo afetado diariamente ou diuturnamente, vão ter que existir inspeções periódicas, constantes e manutenções periódicas preventivas e corretivas”, concluiu Battisti.
Reparos começam nesta semana
De acordo com a Comissão de Infraestrutura da Ales, os serviços de reparo da estrutura começam ainda nesta semana e devem durar 90 dias. Segundo o diretor administrativo e financeiro da Ceturb-ES, Fábio Aguiar, os recursos para custear a obra são próprios e serão utilizados para a “manutenção do terminal como um todo”.
Durante o período, alguns pontos do terminal serão interditados. No entanto, segundo o gestor, o objetivo é que o funcionamento do terminal não seja afetado — segundo ele, a maioria dos reparos será realizada à noite.
Veja imagens da vistoria:
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