Remédios vão ter reajuste no dia 1º de março

Aumento anual previsto para entrar em vigor a partir de 1º de abril, o reajuste no preço dos medicamentos tem preocupado especialmente os idosos, maior público consumidor destes insumos.

De acordo com especialistas, o aumento deve ficar entre 4,54% e 5,35%, válido a partir do próximo mês. Caso a estimativa se concretize, o aumento seria menor do que o verificado no ano passado, que ficou em 10,89%.

Responsável por regular os preços, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) ainda não definiu o percentual.

De acordo com especialistas, o aumento deve ficar entre 4,54% e 5,35%, válido a partir do próximo mês |  Foto: Arquivo/Agência Brasil

O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados Pensionistas e Idosos no Estado, Janio Araújo, aponta para um duplo aumento neste ano, com as novas alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços (ICMS) para remédios no Estado.

“Neste ano, além da medicação, também teremos o aumento do ICMS sobre medicamentos. Se você levar em consideração que 69% dos aposentados e pensionistas recebem um salário mínimo, não tem como não pesar no bolso”, lamentou.

Para ele, os novos preços praticados afetam diretamente a qualidade de vida da terceira idade. “Sobra muito pouco para se ter uma alimentação digna e uma vida razoável. Alguns aposentados podem até deixar de comprar o medicamento devido à falta de dinheiro para cobrir esses gastos”, acrescentou.

CÁLCULO

O percentual de reajuste é um valor máximo que pode ser aplicado pelos fabricantes. O reajuste anual é válido para todos os medicamentos com preço tabelado pelo governo, incluindo os genéricos.

O cálculo do reajuste é feito tendo como base os valores de quatro indicadores: o Índice de Preços ao Consumidor Aplicado (IPCA), a produtividade do setor farmacêutico, os preços relativos intrassetor e os preços relativos entre setores.

O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) informou que aguarda a divulgação do índice pelo governo federal para se manifestar.

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