Túmulos centenários atraem turistas em cidades do ES
Em Santa Leopoldina, sepultura de bebê morto há 100 anos teria água milagrosa. Já em Alfredo Chaves, jazigo de coronel é lendário
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Nesta quinta-feira (02), quando é celebrado o Dia de Finados, muita gente aproveita não só para visitar túmulos de entes queridos, mas também para visitar sepulturas centenárias de personalidades com histórias que envolvem lendas e mistérios.
No Cemitério de Santa Leopoldina, há uma sepultura intrigante que atrai diversos turistas todos os anos. Isso porque algumas pessoas acreditam que o jazigo emite atividade sobrenatural e é capaz até de fazer milagres.
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De acordo com moradores, o túmulo pertence a Maria Gilda, que morreu ainda bebê, há 100 anos. Conforme relatos de visitantes e funcionários, constantemente a sepultura enche de água, motivo que leva algumas pessoas a acreditarem que a água seja milagrosa.
O guia turístico Jefferson Rodrigues revelou que a menina nasceu no dia 4 de setembro de 1922 e morreu no dia 19 de janeiro de 1923, poucos meses depois do seu nascimento.
Na época, segundo ele, a criança foi encontrada morta dentro de uma banheira. Acredita-se que enquanto a avó foi buscar uma toalha para secá-la, a pequena tenha se afogado.
“É curioso porque, se observarmos, o túmulo fica acima da terra em uma barra de concreto. E como tem água? Muita gente fala que é o coveiro, mas seria uma tradição de muito tempo se fosse verdade”, disse Jefferson.
Ainda segundo o guia turístico, Maria Gilda era membro de uma das famílias mais tradicionais da região e a morte do bebê teria sido um grande choque para todos.
“Maria Zelinda, avó da menina, era uma mulher muito bondosa e respeitada por todos, o que evidencia que a morte da criança foi um acidente”, complementou.
Já em Alfredo Chaves, é um túmulo envolvido por correntes de um coronel português no Cemitério Nossa Senhora Assunção, no bairro Macrina, que é famoso. A servidora pública Elane Christina, de 38 anos, conta que várias lendas cercam o jazigo.
“Uns dizem que ouvem essas correntes arrastando pelas ruas do bairro, outros juram que quem colocar a mão no túmulo fica grudado nele. É um símbolo da cidade”.
De acordo com a prefeitura, a sepultura é do coronel José Togneri, filho de um conde italiano que veio ao Brasil para vender joias. Por dote, ele teria recebido terras em Alfredo Chaves.
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