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Regional

Espetáculo das tartarugas emociona turistas em Anchieta

Curiosos fazem fila em praia para ver de perto a soltura dos filhotes, que vai ocorrer mais 6 vezes até o final de fevereiro


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Imagem ilustrativa da imagem Espetáculo das tartarugas emociona turistas em Anchieta
Roger Coslop, trainee do Instituto de Pesquisa e Conservação Marinha, realizou a soltura das tartarugas |  Foto: Roberta Bourguignon/AT

Um espetáculo natural tem cativado a atenção de turistas no Sul do Espírito Santo: o nascimento das tartarugas.

A cena, que acontece na Praia da Guanabara, em Anchieta, vai se repetir por mais seis vezes até o final da temporada no único lugar do Espírito Santo com a abertura de ninhos ao público.

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A soltura das pequenas criaturas marinhas é feita com a ajuda de monitores do Instituto de Pesquisa e Conservação Marinha (IPCMar). Na última abertura do ninho, o engenheiro de pesca Roger Coslop, trainee do IPCMar, realizou toda a ação.

“É perfeito demais assistir a esse momento único das tartaruguinhas. É realmente um espetáculo à parte”, declarou a professora Arlete dos Santos, de 39 anos, turista mineira.

O engenheiro de pesca Luciano Almeida, executor técnico do IPCMar, explicou que há uma média de 120 ovos por ninho, e a importância da soltura monitorada é para garantir a sobrevivência das tartaruguinhas.

“Os filhotes precisam ter o peito reto para sua melhor mobilidade e escapar dos predadores. Para aqueles que nascem com alguma deficiência, é oferecido o período de reabilitação para garantir que tenham a melhor chance de sobrevivência em seu habitat natural”, explicou.

A temporada de desova e nascimento de tartarugas ocorre entre setembro e março, e este ano a Marinha organizou oito aberturas de ninho ao público, sendo elas em janeiro e fevereiro.

Duas aconteceram nos últimos dias e as outras seis vão acontecer até o início de fevereiro. “Na Praia da Guanabara temos tartarugas nascendo com 43 dias até quase 70. Isso vai depender da temperatura da areia. Se tiver um sol constante, elas nascem mais rápido”.

Os dias de abertura de ninho são divulgados pelo Instagram do IPCMar, pois dependem do nascimento dos filhotes. “Depois que os filhotes rompem os ovos, ficam de dois a três dias para emergirem em conjunto, escalando a colônia de areia. Depois que o ninho afunda, é que podemos fazer a abertura ao público”.

Mais de 20 mil filhotes nas praias de Anchieta

Nesta temporada, a expectativa é que mais de 20 mil filhotes de tartarugas da espécie cabeçuda possam chegar ao mar de Anchieta. Foram registrados, até o momento, 227 ninhos nas praias da cidade, e esse número deve ser ainda maior até o final do mês de março.

No ano passado, mais de 18 mil tartarugas nasceram em Anchieta, e a previsão é superar os 20 mil neste ano. Isso porque muitos filhotes morrem ou não se desenvolvem.

No mar, a taxa de mortalidade entre as tartarugas recém-nascidas também é alta. Apenas dois entre cada mil filhotes conseguem atingir a fase adulta, o que ocorre entre 25 e 30 anos.

“Anchieta se destaca como o principal bolsão de desova no Sul do Estado, enquanto Regência, no Norte do Estado, também é um ponto crucial para a preservação dessas magníficas criaturas”, destaca o executor técnico do IPCMar, Luciano Almeida.

“Fazemos o monitoramento todos os dias do ano. Então, todo o cuidado é realizado para que o máximo de filhotes cheguem ao mar”, disse ele.


Emoção

Imagem ilustrativa da imagem Espetáculo das tartarugas emociona turistas em Anchieta
Guilherme e a mãe, Suzane Mattos |  Foto: Roberta Bourguignon/AT

A aposentada Suzana Mattos, de 71 anos, e o filho Guilherme Mattos, 36, artista de efeitos especiais no Canadá, acompanharam a desova e ficaram emocionados com a beleza da natureza. “É inacreditável como tudo acontece desde que os ovos são deixados na praia até o nascimento”, disse Suzana. E Guilherme completa: “Vi tartarugas vindo até aqui também, e foi marcante”.

De olho nas redes

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Beatriz Machado Ferreira e sua família vigiaram as redes sociais do Instituto IPCMar para descobrir a data de soltura das tartarugas |  Foto: Roberta Bourguignon/AT

A bióloga Beatriz Machado Ferreira, 30 anos; o marido, o professor de Educação Física Fernando, 40, os filhos Luca, de 9 meses, Leonardo, 7, e a mãe, a psicóloga Virginia, 59, são de Minas Gerais, e vigiaram as redes sociais do Instituto IPCMar, para descobrir a data da soltura. “É emocionante esse momento”, declara Beatriz.

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