Dono do Tigrão faz 97 anos e é homenageado
Dino Simões Pádua ficou emocionado com a miniatura da famosa estátua, que fica localizada na descida da ponte de Guarapari
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O empresário Dino Simões Pádua, dono da estátua do “Tigrão”, famosa em Guarapari, completou 97 anos de vida e recebeu um presente que o deixou emocionado: uma miniatura da estátua.
“O Tigrão é um orgulho para mim. E receber a miniatura de aniversário foi ter a certeza de que todo meu esforço valeu a pena”, disse Dino. A filha dele, a consultora de estratégia digital Diana Pádua, 40, comentou sobre a famosa estátua.
“É um monumento que faz parte da nossa história e também da história da nossa cidade. Quem nunca chegou na cidade e procurou a estátua para conhecer de perto? Então, passou a ser uma nostalgia para todos nós”, ressaltou.
O Tigrão foi instalado pelo empresário na descida da ponte de Guarapari em 1972, durante uma campanha da marca Esso.
“Na época, essa estátua foi colocada em alguns postos que estavam inaugurando ou tendo alguma festa. A empresa colocou o Tigrão em um posto de Vitória. Meu pai viu e pediu para levar para Guarapari, para passar uns dias na cidade, mas quando chegou aqui, ficou”, lembra ela.
Por 51 anos, o Tigrão comemorou momentos, marcou datas importantes, segurou a tocha olímpica e é considerado monumento afetivo da cidade.
A miniatura foi criada pelo Grupo de Pesquisa do Laboratório de Extensão e Pesquisa em Artes do Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Os pesquisadores estão se destacando por produzir miniaturas de monumentos históricos de todo o Estado.
“Essas miniaturas surgiram com o propósito inicial da população que não pode ter um contato visual com os monumentos, os deficientes visuais. Então, pensamos inicialmente nessa oportunidade de tatear o monumento em formato de miniatura. Através do tato, fazemos uma ação inclusiva a essa população. Mas agora vemos que pode ser mais que isso, uma relação de afeto, e até mesmo voltado para o colecionismo”, destaca o professor José Cirillo, doutor e coordenador do grupo.
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José Cirillo esteve na redação do jornal A Tribuna junto com os pesquisadores Fabíola Fraga e Giuliano Miranda, além de Diana Pádua, filha de Dino.
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Seu Dino, como é conhecido na cidade, abriu o primeiro posto de combustível de Guarapari há pouco mais de 60 anos e foi dono da primeira empresa de ônibus que atendeu o município.
Também abriu a primeira oficina mecânica da cidade, a primeira casa de autopeças e a primeira borracharia.
Seu Dino passou a levar em uma Kombi os turistas que passavam por Guarapari para conhecer a capital, Vitória, e é um inventor nato.
“Ele sempre foi muito inteligente. Construiu do zero o elevador que temos no nosso hotel desativado, e teve muitas outras invenções tecnológicas que nos surpreenderam”, conta a filha, Diana Pádua.
“Ele teve um olhar empreendedor muito grande quando trouxe a primeira bomba de combustível para a cidade, que também lhe dá o título de ter tido o primeiro posto de combustível”, ressalta.
O Tigrão se tornou parte da identidade visual de Guarapari, produzindo um valor como índice da cidade e que foi adicionado ao objeto publicitário.
Natural de Viana, mas morador de Guarapari desde que voltou dos estudos no Colégio Anchieta de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, na década de 50, Dino foi vereador e acompanhou de perto a construção da ponte que liga o Centro ao bairro Muquiçaba.
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