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Regional

Da colheita do café para a viagem de bicicleta aos EUA

Aventura começou em abril e deve terminar em dezembro, segundo Leonardo Martins. Ele quer realizar sonho de infância e mudar de vida


Imagem ilustrativa da imagem Da colheita do café para a viagem de bicicleta aos EUA
Leonardo Martins fez uma pausa para tirar foto na cidade de Zarumilla, que pertence à Região de Tumbes, na fronteira do Peru com o Equador |  Foto: Acervo pessoal

Natural de Atílio Vivacqua, Leonardo Martins sempre trabalhou em colheitas de café, mas embarcou numa aventura de cerca de 15 mil quilômetros para poder mudar de vida.

Aos 36 anos, ele resolveu deixar o Sul do Estado e ir de bicicleta até os Estados Unidos, onde pretende chegar em dezembro e arrumar um emprego em Boston.

A aventura, segundo ele, começou em abril e, desde então, ele publica detalhes do trajeto nas redes sociais. Atualmente, ele está no Peru, mas sua história começou anos antes, no município de Atílio Vivacqua, onde viveu a maior parte de sua vida e enfrentou várias dificuldades, inclusive a fome.

Antes de decidir pedalar até os EUA, Leonardo passou um ano em busca de trabalho em Cachoeiro de Itapemirim e regiões próximas, mas sem sucesso.

Imagem ilustrativa da imagem Da colheita do café para a viagem de bicicleta aos EUA
Leonardo disse que já tem emprego em vista em Boston e ainda vai tentar o visto de trabalho temporário, de até seis meses |  Foto: Acervo pessoal

Determinado a encontrar uma oportunidade, enviou currículos para empresas de Santa Catarina, onde conseguiu um emprego em Agrolândia como catador de café. Sem dinheiro para a viagem, ele resolveu pegar caronas até chegar ao estado do Sul do Brasil.

Lá, trabalhou por três meses e economizou o suficiente para financiar o sonho de infância de ir para os Estados Unidos.

Sem falar muito bem o inglês, ele comprou uma bicicleta por R$ 550 e decidiu viajar com o visto de turista, que dá permissão de ficar no país apenas por três meses.

Desde jovem, Leonardo sonhava em proporcionar uma vida melhor para sua família, após ele morar nos EUA, mas o custo das passagens era inviável.

Então, ele partiu de Santa Catarina há três meses e começou a compartilhar suas experiências na rede social Instagram, onde tem cerca de 3 mil seguidores.

“Peço apoio a todos capixabas e a todos que estão me acompanhando. Quero vencer na vida e honrar minha família”.

Leonardo acredita que fará o percurso em oito meses até os EUA, onde ficará na casa de um familiar. Ontem, quando a reportagem entrou em contato, o ciclista estava em Lima, capital do Peru, seguindo em direção a Tumbes, na fronteira com o Equador. Ele pedala durante o dia e pernoita em hotéis de baixo custo.

“Você precisa passar por cima do medo”

A Tribuna- Por que decidiu fazer essa viagem de bicicleta do Brasil aos Estados Unidos?

Leonardo Martins- “Primeiro porque eu quero realmente um emprego onde eu possa ganhar mais, uma vida melhor para mim e minha família. Segundo, eu não estava feliz com a rotina de acordar e ir trabalhar sempre fazendo as mesmas coisas, no mesmo lugar.

O que mais te motiva para fazer essa viagem?

“Tudo o que já falei, além do inesperado e da simplicidade desse tipo de viagem. No domingo mesmo, por exemplo, eu estava esgotado porque tive que empurrar a bicicleta por um bom caminho quando vi uma casa no meio do nada e parei para pedir água. Quando percebi, estava sentado na cozinha almoçando com eles uma carne deliciosa.

Como pretende ganhar muito dinheiro em apenas três meses nos EUA, já que conseguiu somente o visto de turista?

“Já tenho um emprego em vista em Boston (capital do estado de Massachusetts), onde eu vou ganhar uma grana bacana. Depois vou tentar o visto de trabalho temporário, que tem validade de até seis meses”.

Uma mensagem para quem pensa em fazer uma viagem como a sua.

“Para fazer algo assim você nunca vai deixar de ter receios e medos. Então, você tem que passar por cima disso. Quando eu saí, não tinha respostas para um monte de dúvidas, mas eu saí assim mesmo. Recebo mensagens de pessoas dizendo que gostariam de fazer algo, mas têm dúvidas e me mandam uma lista de questionamentos. Sempre respondo que é impossível ter respostas para tudo. Se quer tudo perfeito, você nunca vai sair do lugar”.

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