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Regional

CPI investiga multa até em supermercado em Guarapari

Carro da fiscalização de trânsito da prefeitura abordou um motorista em estacionamento privado do comércio


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Imagem ilustrativa da imagem CPI investiga multa até em supermercado em Guarapari
Estacionamento rotativo em Guarapari: vereadores questionam a aplicação de multas no município |  Foto: Roberta Bourguignon

A cena de um carro da fiscalização de trânsito da Prefeitura de Guarapari, que entrou no estacionamento de um supermercado para abordar um motorista, foi filmada e enviada para a CPI das Multas da Câmara de Vereadores, que investiga o excesso de multas na cidade.

A denúncia chamou a atenção dos vereadores, que agora vão pedir explicações sobre o ato.

“Ver uma autuação até dentro de um estacionamento privado deixa a dúvida: será que o veículo foi perseguido após cometer uma infração em outro lugar? Por que o fiscal fala com alguém que está no carro? E que infração é essa que precisou de uma perseguição?”, questiona o presidente da CPI, o vereador Max Júnior.

O vereador Izac Queiroz também questiona o ato: “A população está à mercê desses fiscais, que não têm escrúpulo nenhum para multar. Esperamos que a CPI possa alcançar os resultados satisfatórios para frearmos isso”.

O vereador Fábio Maio pede a suspensão da aplicação das multas como é feita atualmente.

“Os fiscais atuam por meio de decreto feito pelo prefeito. Não passou por essa Casa de Leis o decreto para os fiscais atuarem, e existem alterações. A viatura deles tem o giroflex vermelho, que é de polícia, mas eles não são policiais. Eles não chamam a pessoa multada para assinar. É sempre a palavra do fiscal contra a pessoa autuada”, disse.

“A multa não chega na sua casa. As pessoas mais velhas, por exemplo, que não têm acesso ao aplicativo, nem sabem que foram multadas. Perdem o prazo de recorrer. E acredito que há um excesso de multas”, completa.

Prefeitura

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Guarapari não retornou os contatos até o fechamento desta edição.

Já está na Justiça o pedido para a suspensão das multas aplicadas pelos fiscais de trânsito desde 2019. O processo foi protocolado através de uma Ação Civil Pública, pela Ordem dos Advogados Seção do Espírito Santo (OAB-ES).

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