Prefeituras ajudam idosos a se proteger contra golpes
Oficinas na Grande Vitória ensinam pessoas idosas a usarem redes sociais e ainda ficarem atentas a fraudes na internet
Escute essa reportagem
Pensando em ensinar idosos a fazerem o uso dos artifícios da internet e alertá-los sobre cuidados para possíveis golpes virtuais, prefeituras da Grande Vitória colocam iniciativas em ação.
Na Serra, uma oficina de inclusão digital teve início terça. Com 73 vagas, a ação é voltada para idosos em vulnerabilidade social e acontece no Centro de Convivência Intergeracional (CCInter) Caçarola e no Centro de Convivência do Idoso (CCI) Barcelona.
“Ela vem para proporcionar a aprendizagem contínua. Através desta inclusão, esperamos fortalecer os laços sociais, contribuir para o bem-estar e qualidade de vida dos participantes”, disse Cláudia Silva, secretária de Assistência Social da Serra.
A profissional contou que já ouviu relatos de idosos que participam dos CCIs que caíram em golpes digitais. “A oficina se torna extremamente importante porque oportuniza a aprendizagem com informações relevantes. Há golpistas que solicitam senhas de banco, simulam sequestros, e muitos idosos caem”.
Na iniciativa, será ensinado, por exemplo, como acessar aplicativos de banco, agendamentos de serviços e consultas e será explicado sobre os perigos e os cuidados com os golpes.
Turmas
Todas as vagas já foram preenchidas, no entanto, caso haja interesse, este pode ser manifestado. Se o idoso interessado não frequentar nenhum CCI do município, deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo de sua residência para ser referenciado ao serviço, que terá novas turmas abertas futuramente.
Já em Vila Velha, a Secretaria de Assistência Social oferece a oficina de inclusão digital todas as segundas-feiras, no CCI Praia da Costa. Para participar, o interessado deve ter 60 anos ou mais e ser morador do município.
Na oficina, os alunos aprendem o pacote Office com foco em editor de texto, tabelas, slides e a navegar na internet. No celular aprendem todos os aplicativos de rede, comunicação e itens de configurações.
Na capital, os Centros de Convivência para a Terceira Idade (CCTI's) trabalham com a temática de inclusão digital para proteger o direito dos idosos. Há ações que abordam o acesso à internet e sobre segurança digital. O município de Cariacica informou que não há oferta de oficinas ou iniciativas que abrangem o assunto.
Fique por dentro
Ações de inclusão digital
- Serra
Está realizando oficinas para pessoas acima de 60 anos. Com duração de três meses, são duas aulas por semana.
No Centro de Convivência Intergeracional (CCInter) Caçarola as aulas iniciaram terça-feira. Elas sempre ocorrerão às 8h30 e 13h30, todas as terças e quintas.
No Centro de Convivência do Idoso (CCI) Barcelona, as aulas iniciaram ontem. Elas sempre ocorrerão às 13h e às 15 horas, todas as quartas e sextas.
Participantes aprenderão a ligar e desligar os aparelhos digitais, ativar os serviços, acessar aplicativos de banco, redes sociais e agendamentos de serviços e consultas. Também serão alertados sobre perigos e os cuidados com os golpes digitais.
As inscrições já foram preenchidas, mas é possível manifestar interesse. Quem não participa dos CCI, deve ir ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo.
- Vila Velha
Há oficina de inclusão digital toda segunda-feira, das 8h às 17h, no CCI Praia da Costa.
Para participar deve ter 60 anos ou mais e morador do município.
É ensinado o pacote Office com foco em editor de texto, tabelas, slides e a navegar na internet. No celular aprendem todos os aplicativos de rede e itens de configurações.
- Vitória
Os Centros de Convivência para a Terceira Idade (CCTI's) trabalham com a temática de inclusão digital para proteger o direito dos idosos. Há ações que abordam o acesso à internet e segurança digital.
Mais informações sobre como se cadastrar no CCTI estão presentes no link: vitoria.es.gov.br/cidadao/terceira-idade.
Fonte: Prefeituras consultadas.
Alguns golpes virtuais
Golpe da previdência: criminosos enviam mensagens, e-mails ou fazem ligações fingindo ser funcionários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a fim de obter informações pessoais e financeiras das vítimas.
Golpes amorosos: golpistas criam perfis falsos em redes sociais ou sites de relacionamento e constroem envolvimento amoroso falso com o objetivo de obter dinheiro de pessoas idosas. Geralmente, por meio de emergências financeiras fictícias ou histórias tristes.
Fraudes em compras on-line: golpistas criam sites falsos de compras on-line ou anúncios enganosos para obter os dados bancários ou receber pagamentos, sem entregar os produtos. Exemplo: pacotes de viagens.
Fonte: Eduardo Pinheiro, consultor de tecnologia da informação e colunista de A Tribuna
MATÉRIAS RELACIONADAS:
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Comentários