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Cidades

Prédio é construído ao redor de árvore no ES: “Preservar a memória da minha mãe”

Prédio em Iriri tem uma árvore em sua arquitetura que foi plantada há 58 anos pela mãe do proprietário do local


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Imagem ilustrativa da imagem Prédio é construído ao redor de árvore no ES: “Preservar a memória da minha mãe”
Árvore plantada por Júlia Pereira Alpohim, foi preservada por Joilson José Alpohim, um dos filhos dela. |  Foto: Acervo Pessoal

Algumas histórias estão escritas em papel, outras, enraizadas no solo. Em Iriri, litoral de Anchieta, uma árvore não apenas cresceu, mas se tornou parte da história de uma família e de um prédio inteiro.

Plantado há 58 anos por dona Júlia Pereira Alpohim, o pé de pimenta-da-Jamaica atravessa os três andares de um edifício, uma herança viva mantida pelo filho, Joilson José Alpohim, de 73 anos.

Quando o terreno ainda abrigava uma casa com um grande quintal, dona Júlia decidiu plantar a árvore sem imaginar que, anos depois, ela se tornaria parte essencial da construção que viria a substituí-la.

Com a morte dos pais, Joilson comprou a parte dos irmãos e transformou o espaço em um prédio. No entanto, para ele, a árvore nunca poderia ser retirada.

“É uma lembrança da minha mãe, e fiz para manter a memória dela ali viva, sabendo que foi ela que plantou”, conta.

Segundo ele, esse cuidado também foi uma forma de respeitar um desejo antigo. “O pedido da minha mãe era não cortar a árvore”, completa.

A construção foi planejada para que o tronco passasse livremente por cada andar, atravessando as varandas até a cobertura. No térreo, a raiz está protegida por uma base reforçada, garantindo que a estrutura do edifício não fosse comprometida.

E não é apenas a arquitetura que preserva essa história: Joilson faz questão de garantir que nenhum dano seja causado à árvore. “Eu e meus funcionários sempre ficamos de olho, pois tinha medo de alguém adentrar no local e matar a árvore”, relata.

A preocupação com a preservação da árvore está registrada inclusive nos contratos de aluguel dos apartamentos. “Ali são imóveis de aluguel e meus contratos são específicos: não pode colocar nada na árvore, prego, varal, nada. Para preservá-la, ela tem que estar sempre verde”, reforça Joilson.

Com o tempo, a presença da árvore no prédio se tornou um diferencial, atraindo olhares curiosos e admirados. “Todos param, tiram fotos e ficam impactados com minha arquitetura. Muitos ficam chocados”, diz Joilson.

A árvore também é valorizada pelo que produz: “Ela dá uma semente cara, ótima para drinque, e as folhas servem para pratos”, explica. Além de tudo isso, o local onde está construído o prédio carrega outro elemento de valor familiar: a rua leva o nome do pai de Joilson, Demetrino Alpohim.

Outras construções

Mangueiras

Imagem ilustrativa da imagem Prédio é construído ao redor de árvore no ES: “Preservar a memória da minha mãe”
Escola Rui Barbosa: Pés de mangueira plantado há mais de 60 anos pela fundadora do colégio é preservada até os dias atuais. |  Foto: pedro henrique oliveira

No Centro de Guarapari, a Escola Rui Barbosa possui em seu pátio inúmeras árvores, mas duas mangueiras chamam mais atenção. Elas foram plantadas pela fundadora do colégio, Dulcy Granja, há mais de 60 anos, e até hoje são mantidas no local.

“Nós fizemos muitas reformas e ampliações, mas nunca pensamos em tirá-las dali”, contam Ridamar Souza e Jacyara Cabral, membros do conselho diretor da escola e sobrinhas de Dulcy. A maior das mangueiras é a “árvore dos sete hábitos”, que orienta os alunos com dizeres da educação socioemocional.

Bares e restaurantes valorizam a natureza

Imagem ilustrativa da imagem Prédio é construído ao redor de árvore no ES: “Preservar a memória da minha mãe”
Árvore é figura principal do restaurante Castanheiras, Jardim Camburi. |  Foto: Divulgação

A valorização da natureza também inspirou construções em outras cidades capixabas. Em diversos bares e restaurantes, árvores ganharam status de protagonistas.

O restaurante Castanheiras, em Jardim Camburi, Vitória, integrou uma árvore ao salão principal, tornando-a uma das marcas registradas do ambiente.

Em Guarapari, o Santo Sabor também manteve árvores no espaço, dando ao local um estilo acolhedor, além de preservar a essência natural das áreas onde foram erguidas. Já na Praia da Costa, em Vila Velha, o Castanheira Bar (foto) também chama atenção com sua grande castanheira.

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