Ponte da Madalena vira opção de lazer para famílias em Vila Velha
Após revitalização, o local, na Barra do Jucu, conta agora com dois mirantes, iluminação especial, Memorial do Congo e vigilância
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O investidor Roberto Passos, emocionado, lembra que aos 15 anos brincava na Ponte da Madalena. Ontem, aos 65, aproveitou a tarde para conferir a ponte de suas lembranças com a família.
Desabada em 2017, devido a fortes chuvas, a ponte foi reinaugurada no último dia 18. Desde então, tem se tornado uma opção de lazer para famílias. Um bom local para tirar fotos, se divertir ou apenas passear.
Trabalhando nos Estados Unidos e longe do Brasil há 20 anos, Roberto não chegou a ver a queda da ponte, mas ficou chocado com a diferença.
“Quando eu vinha, era uma ponte simples. E aí eu vi essa. Gente, que maravilha”.
A nova ponte, exclusiva para pedestres e ciclistas, conta com dois mirantes e iluminação especial. Ela integra a comunidade da Barra do Jucu ao Parque Natural Municipal de Jacarenema, uma área de reserva de 346 hectares (equivalente a 320 campos de futebol).
A filha dele, Charlene Andrade, 40, professora, seu marido, Felipe André Martins, 40, técnico de manutenção de impressora, e seus filhos, Luis Felipe, 7, e Helena, 10, também gostaram do passeio. “Muito lindo. Gostamos muito do memorial”, disse Charlene.
No local, também foi inaugurado o Memorial do Congo, uma homenagem a essa manifestação cultural capixaba.
Secretário de Meio Ambiente de Vila Velha, Ricardo Klippel tem observado o encanto das pessoas.
“A receptividade está muito boa. A população está utilizando bastante. Vale ressaltar que ambos os locais são unidades de conservação e é preciso ter cuidado com o meio ambiente”.
A população pode ficar tranquila quanto à segurança, reforça o secretário, explicando que há guardas passando pela via de acesso de manhã e à noite.
Além de guardas na entrada da Barra do Jucu. Na guarita localizada no acesso por Itaparica há vigilante 24 horas.
“Até agora não tivemos nenhum caso de roubo, nenhum caso que a pessoa se sinta amedrontada. As pessoas podem usar o espaço tranquilamente”.
Ele adianta que duas melhorias de segurança estarão vindo em breve: a instalação de seis câmeras e de uma guarita na entrada da Barra do Jucu.
Segurança aprovada
Pela primeira vez, Evaldo Amancio de Souza, de 58 anos, aposentado, e sua filha, Kethilen Cardoso, de 14 anos, visitaram a Ponte da Madalena. Eles foram até lá pedalando, pela entrada de Itaparica.
“Eu estou achando ótimo. Estou acostumada a andar de bicicleta e a vista é linda”, contou Kethilen. Já para Evaldo, o destaque foi a segurança.
“Observei que constantemente tem a guarda municipal. Isso é muito interessante, porque um dos meus medos de vir para cá era exatamente a segurança”, diz.
Passeio em família
Alane Sarcineli, 32 anos, supervisora de área de restaurante, e seu marido, Victor Costa, 35 anos, chef de cozinha, são brasileiros, mas há dois anos e meio estão morando na Irlanda e aproveitaram as férias para visitar o local com a família. Alane é filha da secretária Fabíola de Oliveira, 56, e neta da aposentada Itamar Caldeira, 83. Os quatro foram unânimes: o espaço é lindo.
“Não tinha vindo ainda. Achei maravilhosa essa ponte, a coisa mais linda. Demorou, mas chegou. O povo daqui estava precisando”, destacou Itamar.
Cultura de Barra do Jucu
“Eu, minha filha e meu amigo viemos fazer um passeio ao ar livre e aproveitar para conhecer um pouco da cultura da Barra do Jucu”, contou a biomédica Gina Carla Neder, de 53 anos.
“Eu sou morador da região e essa era uma obra que era esperada há muito tempo. Vínhamos aqui e tinha um ponto turístico que estava derrubado”, observou o enfermeiro Robson Luis Barbosa. Já a estudante Sara Neder, de 12 anos, achou bonita a localização.
Saiba Mais
Acesso
Há duas entradas: uma guarita localizada no final da Avenida da Praia, próximo ao Motel Dunas, marca o acesso norte do parque. Seguindo pela via, por três quilômetros, se chega à Ponte da Madalena.
A outra entrada é feita pela Barra do Jucu. Está localizada atrás da Praça Pedro Valadares.
Já o monumento do Congo fica logo após a ponte.
Horário de funcionamento
A via de acesso ao Parque Jacaranema funciona das 6h às 18h.
O acesso é permitido apenas a pé, de bicicleta ou de patinete.
Proibições
Segundo o secretário de Meio Ambiente de Vila Velha, Ricardo Klippel, é preciso ter consciência, já que tanto a ponte quanto a via de acesso ficam em uma unidade de conservação de proteção integral.
Há regras que devem ser seguidas. Entre outros, é proibido levar cachorro, caçar, pular da ponte, fazer churrasco e usar veículos motorizados.
Fonte: Secretaria de Meio Ambiente de Vila Velha.
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