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Cidades

“Pedalei mais de 2 mil km para comemorar meus 68 anos”, diz aposentado

O bancário aposentado Antônio Rodrigues pedalou de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, até Guarapari, num total de 30 dias


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Imagem ilustrativa da imagem “Pedalei mais de 2 mil km para comemorar meus 68 anos”, diz aposentado
Antônio Rodrigues pedalava uma média de 75 km por dia. Maior dificuldade foi a falta de acostamento nas vias |  Foto: Roberta Bourguignon

Prestes a completar 68 anos de idade no próximo domingo, o bancário aposentado Antônio de Aquino Rodrigues decidiu chegar de uma maneira diferente na festa de aniversário, em Guarapari. 

Ele estava na casa da filha, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e em vez de seguir de avião, gastando cinco horas de viagem, decidiu usar a bicicleta para percorrer os 2 mil quilômetros em quase 30 dias para comemorar mais um ano de vida. 

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“A bicicleta sempre me trouxe muita liberdade, e decidi fazer algo diferente para a comemoração dos meus 68 anos de vida. O percurso foi muito cansativo, pensei em desistir por várias vezes, mas foi uma meta que tracei, um compromisso de superação comigo mesmo. Com a mente focada, consegui”, comemora ele.

Dos 2 mil quilômetros, pouco mais de 100 foram na chuva. Foi preciso trocar oito câmaras e dois pneus, além de ficar parado por dois dias para se recuperar de um atropelamento. 

Na cidade de Joinville, em Santa Catarina, Antônio seguia pela rodovia quando um carro de passeio o atropelou. 

“Nesse momento eu pensei em parar. Tomei pontos no cotovelo, ralei a perna, o pé e a bicicleta também sofreu avarias. Mas eu descansei por dois dias enquanto a bicicleta também se recuperava. Não passei a notícia para a família, porque eles poderiam ficar desesperados e me fazer desistir. Então, segui com o antibiótico e minha vontade de chegar”, lembra Antônio. 

O aposentado pedalava uma média de 75 km por dia, e a maior dificuldade foi a falta de acostamento para circular. E mesmo com todo o esforço pela idade, o aposentado declara que se sente um vitorioso. Ele deixa um recado para os mais velhos, e até mesmo para os mais novos, lembrando que a vida é curta e é preciso vivê-la enquanto existir. 

“Cada pessoa precisa encontrar a força que tem. Na estrada a gente vê a força que tem e não imagina. Eu já estava muito cansado em um dia, faltavam somente 15 quilômetros para chegar na cidade e, quando me dei por conta, o pneu estourou. Tive que empurrar a bicicleta por todo esse trajeto, mesmo cansado”, contou ele, que perdeu 7 quilos na viagem. 

“Foi cansativo, mas valeu a pena e vou de novo. A vida é curta demais. Só ficar em casa deitado não vai me proporcionar viver a vida”.

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