X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Novo ensino médio com mais Português e Matemática

É o que prevê proposta de secretários de Educação estaduais, enviada ao MEC para a reestruturação do novo ensino médio


Imagem ilustrativa da imagem Novo ensino médio com mais Português e Matemática
João Pereira, Wladimir Silva e Camily Gomes fazem aula optativa de Geografia das Fontes de Energia com a professora Elizabeth Bicalho |  Foto: Leone Iglesias/AT

O debate sobre a reestruturação e avaliação do novo ensino médio, que começou a ser implementado em 2022 em todas as escolas do País, recebeu novas contribuições de secretários  de educação. 

Entre os pontos defendidos por eles na proposta entregue ao Ministério da Educação (MEC) está  ampliar a carga horária para disciplinas da formação geral, como Português, Matemática e História.

O novo ensino médio está passando por consulta pública até amanhã, após críticas sobre desigualdades e dificuldades na implementação do modelo.  

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Angelo, defendeu que não haja uma revogação do modelo, mas algumas mudanças. 

Uma delas seria na distribuição da carga horária. Hoje, das 3 mil horas, 1.200 horas são voltadas para os chamados  itinerários formativos, com  disciplinas optativas. 

“Propomos  separar  300  horas para que possam ir para um lado ou para outro. Ou seja, podem ser  complemento à formação básica, que ficaria com 2.100 horas, ou ser um complemento aos  itinerários”.

Ele explicou que uma queixa de professores  é que a formação geral básica ficou “pequena” para trabalhar o currículo. “Essas 300 horas permitiriam complementar  o que for melhor para sua realidade”.

 De Angelo frisou que outro ponto defendido é ter uma base para os  itinerários formativos.

“Seria um detalhamento maior desses itinerários para que eles não ficassem, como muitos alegam,  tão  soltos. Se eles estão assim é porque as referências para que eles sejam construídos exigem um pouco mais de detalhamento”.

Segundo ele, isso ajudaria, por sua vez, na própria construção do novo  Enem. “Se existe uma base de referência para construção dos itinerários, essa pode ser a base comum entre os estados que o Enem  no segundo dia pode ter como norte para elaboração das questões”.

Depois de fechada a consulta pública, o Ministério  terá 30 dias para elaboração de  relatório.  

Na escola estadual  Pastor Oliveira de Araújo, em Vila Velha, João Pedro Pereira,  16, Wladimir Silva,  18, e Camily Gomes, 16, têm entre as aulas optativas a de  Geografia das Fontes de Energia, com a professora Elizabeth Bicalho. “Estou gostando da experiência da escolha dos itinerários”, contou Wladimir.

Leia mais:

Bolsa de até 100% para 4.431 em faculdades particulares

Aulas de música ajudam até na escolha da carreira

Escolas pedem urgência em novas regras para o Enem

Imagem ilustrativa da imagem Novo ensino médio com mais Português e Matemática
Uma das mudanças seria na distribuição da carga horária. Hoje, das 3 mil horas, 1.200 horas são voltadas para os chamados itinerários formativos, com disciplinas optativas. |  Foto: Canva

Além dos secretários estaduais de educação, representantes da rede privada também se manifestaram durante a consulta pública. Entre os pedidos, eles defendem  que o Ministério da Educação (MEC) organize com urgência as regras para o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A  ideia inicial era que o Enem fosse reformulado a  partir de 2024, com o segundo dia de provas avaliando a área de conhecimento escolhida pelo participante. 

O vice-presidente do  Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado (Sinepe/ES), Eduardo Costa Gomes, afirmou que a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) também enviou a contribuição. 

“Somos contrários à revogação do novo ensino médio. Mas, defendemos um aperfeiçoamento de pontos que têm se mostrado difíceis de serem implementados ou que  geram dúvidas”.

Eduardo destacou que entre os pontos de dificuldades enviados ao MEC está a inexistência de organização para o novo Enem, considerando o atual modelo de ensino. 

“O Enem hoje tem sido usado como forma de seleção  e, por isso, tem  influência na forma como  as escolas  atuam.  É necessária a máxima urgência da construção do novo Enem”. 

Outro ponto é sobre como organizar os itinerários formativos.

Consulta pública

Está aberta até amanhã a consulta pública para avaliação e reestruturação da Política Nacional de Ensino Médio. 

O objetivo, segundo o Ministério da Educação (MEC), é  consultar  a sociedade e a comunidade educacional para  coleta de subsídios que possibilitarão  tomada de decisões pelo MEC sobre a regulamentação do ensino médio. Segundo o órgão, já foram enviadas mais de  90 mil contribuições até o momento.

Novo ensino médio

Foi aprovado em 2017, mas começou a valer em 2022, para ser implantado gradativamente até o fim de 2024.

O novo Ensino Médio foi criado com a missão de flexibilizar o currículo, de acordo com as áreas de interesse dos estudantes. 

De forma geral, os alunos têm parte da carga horária comum e outra parte de disciplinas optativas, seguindo a área do conhecimento ou curso técnico para se aprofundar.

Entre as mudanças, também prevê  o aumento progressivo da carga horária até chegar a 3 mil horas ao final dos três anos de implantação.

Por que o ensino médio  está sendo reavaliado?

Desde que entrou em vigor, o novo modelo tem sido alvo de  críticas por parte da comunidade escolar. Alguns pedem  a revogação da reforma. 

Entre os argumentos de quem é contra o novo modelo está a falta de estrutura de  muitas escolas públicas pelo País  de implantar  o modelo.

Outros especialistas defendem ajustes e uma revisão, sem a revogação. 

Propostas dos secretários de Educação

Na última segunda-feira, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) entregou ao MEC sua contribuição com as propostas defendidas pelo grupo. 

O documento  foi construído com a participação de secretários e técnicos das redes estaduais.

Redução da carga horária das optativas

Entre as propostas dos secretários, eles falam sobre  a possibilidade de usar 300 horas das 1.200 horas das disciplinas optativas (chamadas de itinerários formativos), de acordo com as necessidades dos estados.

Nesse caso, essas horas poderiam ser  utilizadas, por exemplo, para complementação da formação geral ou para a recomposição das aprendizagens.

Elaboração de uma base comum para as optativas

Outro ponto que os secretários defendem é a definição de uma base para os itinerários formativos, a fim de diminuir a desigualdade na oferta dessas disciplinas entre as diferentes redes de ensino pelo País.

Os secretários defendem ainda a manutenção da possibilidade de oferta de educação a distância, preferencialmente, para itinerários formativos com critérios de oferta definidos pelos sistemas de ensino. 

Novo Enem

> o Consed ainda se mostrou favorável ao formato do Enem já  apresentado pelo MEC. O modelo prevê:

> 1º dia de provas comum a todos, com uma avaliação da formação geral básica e Redação.

> 2º dia de provas que avalia uma área de conhecimento escolhida por cada participante, de acordo com os itinerários formativos.

Fonte: MEC, Consed e pesquisa A Tribuna.

Leia mais:

Aulas de música ajudam até na escolha da carreira

Carteira para pilotar moto elétrica custa mais de R$ 2 mil

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: