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Cidades

Mutirão de exames na Grande Vitória contra câncer no intestino

Serão realizadas 40 colonoscopias como parte da campanha para conscientizar sobre fatores de risco e diagnóstico precoce


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Imagem ilustrativa da imagem Mutirão de exames na Grande Vitória contra câncer no intestino
Roseane Bicalho disse que há cerca de 14 mil pacientes no Estado na fila para fazer colonoscopia pelo SUS |  Foto: Fábio Nunes / AT

O diagnóstico precoce oferece até 90% de chance de cura do câncer de intestino. Portanto, a prevenção é a melhor arma para vencer a doença.

Como parte do Março Azul – uma campanha nacional para conscientizar a população sobre fatores de risco, diagnóstico precoce e tratamento do câncer de intestino – nesta sexta-feira (15)  será realizado um mutirão de colonoscopia no Hospital Universitário Cassiano de Moraes (Hucam), em Vitória. A previsão é realizar 40 exames.

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A médica gastroenterologista Roseane Bicalho, que é coordenadora estadual da campanha Março Azul no Espírito Santo, conta que é um trabalho voluntário das Sociedades de Endoscopia Digestiva, de Gastroenterologia e Coloproctologia do Estado.

Segundo ela, outro mutirão vai acontecer em Colatina no dia 27 deste mês, em uma clínica privada.

Roseane Bicalho fala da importância dos exames para reduzir a fila do Sistema Único de Saúde (SUS). “Tivemos a informação que há cerca de 14 mil pacientes no Estado na fila”.

Ela explica que o mutirão vem sendo planejado há cerca de seis meses e, no Hucam, é destinado a pacientes que já estavam marcados e aguardam para fazer a colonoscopia. “Serão 40 exames a mais do que seriam feitos normalmente. De forma gradativa, é possível zerar a fila”.

Expectativa

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou uma expectativa de 45.630 novos casos de câncer de intestino (câncer colorretal - CCR) por ano no Brasil para o triênio de 2023-2025, sendo o segundo mais frequente em homens e mulheres.

Quanto à incidência da doença no Espírito Santo, o Inca divulgou uma expectativa de 610 novos casos por ano para o mesmo triênio.

Alex Baia, presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed-ES), destaca que estilo de vida saudável, atividades físicas, evitar fumar e evitar bebida alcoólica em excesso são fatores importantes na prevenção.

Porém, ele reforça que a melhor forma é através do rastreio, que é o exame.

Ao citar os principais sintomas da doença, os médicos lembraram que incluem alterações recentes no hábito intestinal, como diarreia ou constipação, presença de sangue nas fezes, cólicas abdominais persistentes, dor durante a defecação e sensação de evacuação incompleta, redução do apetite ou perda de peso ou anemia por deficiência de ferro, sem causa aparente.

Imagem ilustrativa da imagem Mutirão de exames na Grande Vitória contra câncer no intestino
|  Foto: Divulgação

Dados da doença

No mundo

O câncer de intestino (câncer colorretal - CCR) é a terceira maior causa mais frequente em homens e a segunda em mulheres no mundo, segundo dados do Global Cancer Observatory 2020 – com uma estimativa de 1.931.590 de casos novos e corresponde à terceira causa de mortalidade por câncer no mundo.

Há uma expectativa de aumento da incidência e mortalidade por CCR de 60% até 2030.

No Brasil

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou uma expectativa de 45.630 novos casos por ano no Brasil para o triênio de 2023-2025, sendo o segundo mais frequente em homens e mulheres.

Houve um aumento de 79,9% na incidência do CCR nos últimos 17 anos, no período de 2006-2023, conforme comparação dos dados deste instituto.

No Estado

Quanto à incidência do CCR no Espírito Santo, o Inca divulgou uma expectativa de 610 novos casos/ano para o triênio de 2023-2025.

Dados referentes ao Espírito Santo nesta pesquisa pessoal do Datasus demonstram um aumento da mortalidade de CCR de 65% para indivíduos com idade de 50 a 59 anos e de 203% para indivíduos entre 40 a 49 anos neste mesmo período de 1990 a 2017.

Tire as dúvidas

1- O que é?

O câncer de intestino é também conhecido como câncer colorretal porque engloba os tumores surgidos na parte do intestino grosso chamada cólon e reto (localizada no final do intestino, antes do ânus).

2- Quais são os fatores de risco?

Fumar, consumir alimentos ricos em gorduras saturadas, ter uma vida sedentária, consumir bebidas alcoólicas, idade superior a 50 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero, endométrio ou mama), baixo consumo de cálcio e obesidade são alguns exemplos.

3- O risco aumenta conforme a idade?

Sim, aumenta com a idade. Por isso a recomendação é a partir de 45 anos iniciar o rastreio, seja por colonoscopia, seja com sangue oculto nas fezes, sendo que uma vez o sangue oculto positivo nas fezes é importante complementar com a colonoscopia.

Se tem casos de câncer na família, melhor procurar o médico porque provavelmente sua investigação iniciará antes dos 45 anos.

4- Quais são os sintomas?

Se você está perdendo peso sem ter feito nenhuma mudança na sua dieta, se passou a ter diarreia e/ou prisão de ventre, percebeu sangue nas fezes, está sentindo gases ou cólicas, dores na região anal ou sensação de evacuação incompleta, a orientação é procurar avaliação médica o mais rápido possível.

5- Como é o diagnóstico?

Há dois exames capazes de detectar precocemente os tumores de intestino. São eles:

Teste FIT que aponta sangue nas fezes (mesmo oculto a olho nu).

Colonoscopia, que é um exame que além de diagnosticar as lesões, é capaz de retirá-las quando em fase precoce, evitando a progressão para câncer do intestino.

Esse exame será realizado hoje no mutirão do Hospital Universitário Cassiano de Moraes (Hucam), em Vitória, para pacientes que já estavam marcados, e no dia 27 de março em Colatina.

6- E o tratamento, como é?

Se for diagnosticado com câncer de intestino, seu médico será capaz de te recomendar o melhor tratamento para o seu caso.

O tratamento poderá incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia biológica.

A escolha vai depender da localização do tumor e da fase da doença.

7- O câncer de intestino tem cura?

Tem cura. Quanto mais cedo iniciar o tratamento e mais precoce o diagnóstico, maiores as possibilidades de cura.

O diagnóstico precoce oferece até 90% de chance de cura do câncer de intestino.

Mas atenção: Mesmo após a cura, é feito um rigoroso acompanhamento com consultas e exames para evitar ou detectar um possível retorno do câncer. Fazer esse monitoramento é imprescindível para identificar recidivas precocemente.

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