X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Motoristas pagam até R$ 500 para driblar a Lei Seca

Valor é pago a condutor reserva que sai da blitz com o carro e poucos metros depois devolve a direção ao infrator flagrado no bafômetro


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Motoristas pagam até R$ 500 para driblar a Lei Seca
Policiais em blitz: BPTran já tem monitorado motoristas “reservas”, que ficam de prontidão próximo a operações |  Foto: Arquivo AT

Mais de 15 anos depois da Lei Seca em vigor, motoristas continuam tentando driblar a legislação.

Alguns motoristas flagrados no bafômetro ou sem habilitação, que ficam impedidos de seguir viagem até apresentar uma pessoa apta a dirigir, chegam a pagar até R$ 500 para que outros condutores assumam a direção.

O problema do “serviço” oferecido pelos chamados “fadas”, como ficaram conhecidos no Rio de Janeiro, é que depois de alguns metros após sair do local da fiscalização, o veículo já é devolvido à pessoa que bebeu ou que está sem a carteira de habilitação.

No Estado, o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) já tem monitorado esses motoristas “reservas”, que ficam de prontidão próximo a operações.

O chefe do setor de comunicação do BPTran, capitão Anthony Moraes Costa, revelou que um dos casos que evidenciou a prática foi de um condutor flagrado em uma blitz recente na avenida Francelina Carneiro Setúbal, no bairro Itapuã, em Vila Velha.

“Ele apresentou o condutor habilitado, que era um motorista de aplicativo que estava no local. Ao dar a volta no quarteirão, ele assumiu de novo a direção. Poucos minutos depois, foi flagrado novamente em outra blitze que fizemos em um possível ponto de fuga”.

O capitão reforçou que, nesse caso, o motorista foi autuado as duas vezes. “Alguns condutores tentam burlar a fiscalização e voltam a conduzir o veículo, aproveitando que a legislação não obriga que o veículo seja entregue para uma pessoa conhecida”.

Quando há operações, como aquelas com foco na alcoolemia, já ficam alguns motoristas “reservas” próximos, mas a polícia está atenta à prática. “Estamos em conversa com o serviço de inteligência para fazer o monitoramento. Há casos, como em Guarapari, que chegam a ser cobrados R$ 500”.

O chefe da comunicação alerta para os riscos da prática, já que está comprovado que a embriaguez ao volante pode aumentar o risco não só para si, mas para as demais pessoas no trânsito.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), cerca de 70% dos sinistros com resultado morte envolvem pessoas alcoolizadas.

O Código de Trânsito estabelece pena de seis meses a um ano para quem entrega a direção de veículo a uma pessoa não habilitada ou quem, por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo.

Saiba mais

Como atuam são os “fadas”

Logo que uma blitz inicia abordagens a condutores, algumas pessoas ficam próximas aguardando para ver se algum motorista vai ficar impedido de seguir viagem, por exemplo, por estar sem carteira de habilitação ou ainda por se recusar a realizar o teste do bafômetro.

Essas pessoas aproveitam para oferecer serviços de dirigir para o motorista que está irregular.

Com serviços cobrados entre R$ 200 até R$ 500, em muitos casos os “fadas, como ficaram conhecidos no Rio de Janeiro, saem das blitze, mas, poucos metros depois, devolvem a direção ao condutor que está impedido de assumir a direção.

Mesmo sem estarem aptos a dirigir, os motoristas flagrados nas blitze continuam a viagem até o seu destino.

Flagrado duas vezes em uma noite

Em Vila Velha, um condutor flagrado em uma blitze em Itapuã “contratou” o serviço de um motorista reserva que deu a volta no quarteirão e devolveu o carro ao motorista multado.

No entanto, como o Batalhão de Trânsito estava fazendo outra operação simultânea em um ponto que poderia ser alternativo, o mesmo motorista foi flagrado novamente e multado de novo.

No caso de multa por recusa ao bafômetro, por exemplo, o valor é de R$ 2.934,70. Duas multas ficam por R$ 5.869,40.

Diante de casos, o BPTran tem monitorado os casos e feito conversas com o serviço de inteligência.

Entregar direção é crime

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, quem permite, confia ou entrega a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança está sujeito a penas de detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

A multa administrativa para quem entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança é gravíssima, com multa de R$ 293,47.

Fonte: Código de Trânsito, BPTran e pesquisa A Tribuna.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: