Mortes por dengue este ano já superam 2022
De janeiro até o último sábado, a doença já fez 11 vítimas no Estado. Em todo o ano passado, seis pacientes morreram
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A dengue já fez 11 vítimas fatais no Estado. Já é quase o dobro de mortes de todo o ano passado, que teve seis confirmadas. As informações são do 9º boletim epidemiológico da dengue, divulgado na sexta-feira (10) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Na Grande Vitória, segundo levantamento feito pela reportagem de A Tribuna, foram quatro mortes: duas na Serra, uma em Cariacica e uma em Vitória.
Na Serra, outras duas estão sendo investigadas. Segundo a prefeitura, os mortos eram homens, com a faixa etária entre 44 e 70 anos. Duas mortes também estão sendo investigadas em Cariacica.
A quantidade de casos também chama atenção: foram notificados 37.565 casos de dengue no Espírito Santo, do dia 1 de janeiro até o último sábado, segundo boletim da Sesa. Em 63 dias, dá uma média de 596 notificações por dia.
Os casos de dengue têm aumentado toda semana, conforme mostra o boletim. Na primeira semana de janeiro, do dia 1 ao dia 7, foram 1.581 notificações. Já do dia 26 de fevereiro ao dia 4 de março, 7.533 casos foram notificados no Estado, uma média de 1.076 casos por dia.
Em 2022, a semana com maior número de casos por dengue foi a última de dezembro, do dia 25 ao dia 31, com 1.027 casos. Em todo ano passado, foram 21 mil casos da doença no Estado, de acordo com o 52º boletim da Sesa.
Até o momento, a Serra teve 6.407 casos de dengue notificados, Vitória 5.401, Cariacica 2.508, Guarapari 2.363, e Vila Velha 1.665. Viana não informou os dados.
Um dos motivos para o aumento de casos no Estado, de acordo com especialistas, é a circulação do DENV-2, conhecido como sorotipo 2 da dengue. Ele é um dos quatro sorotipos de vírus da doença e a circulação não era detectada desde 2019 no Estado. Mas, sua circulação já havia sido detectada no último ano no País.
Em entrevista à reportagem, nesta semana, o chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental da Sesa, Roberto Laperriere, explicou que, por não ter esse sorotipo circulando há algum tempo no Estado, há uma maior quantidade de pessoas suscetíveis à dengue. "Recomendamos que, ao ter qualquer sintoma, a pessoa deve se hidratar bastante e procurar atendimento médico. Em qualquer sinal de alarme, como sangramento, dor abdominal, vômito e diarreia, o profissional médico deve ser informado imediatamente".
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